Por Maria Josefina Arce
Argélia é uma das escalas da viagem que realiza o presidente Miguel Diaz-Canel pela Ásia. África e Europa. Cuba mantém relações de amizade e de cooperação históricas e indissolúveis com a mencionada nação faz dezenas de anos. Além disso, é seu principal parceiro comercial no continente africano.
Sessenta anos de verdadeiros laços de irmandade nos unem à Argélia, onde o chefe de Estado cubano se encontra de visita.
Em setembro de 1960, na Assembleia Geral da ONU, o líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, deixava claro o apoio de nosso país ao direito que tinha o povo argelino à sua independência.
Em 1963, um ano depois da proclamação da independência da Argélia, começava o decisivo apoio cubano à saúde pública, com a chegada de um grupo de médicos dando início a esse tipo de cooperação no mundo.
Essa cooperação se manteve e se fortaleceu ao longo dos anos. Hoje em dia, 900 cooperantes da Ilha trabalham no sul da Argélia para ajudar a melhorar os índices sanitários.
Em fevereiro de 2022, as duas nações assinaram memorando para a produção de medicamentos.
Havana e Argel também trabalham para fortalecer a cooperação econômica, comercial e de investimentos. Nessa direção, Cuba participou do 21º Salão Internacional de Turismo e Viagens de Argélia, que aconteceu no final de setembro e começo de outubro.
Vale ressaltar, igualmente, a notável presença da Argélia na Feira Internacional de Havana, que ora decorre na capital cubana.
Em 2018, foi constituído o comitê argelino-cubano, para intensificar, diversificar e ampliar o comércio entre as duas nações, para lá das já existentes nas áreas de saúde, hídrica e de hidrocarbonetos.
Quanto à cultura, há um intercâmbio fluente. Argélia foi convidada de honra na 28ª Feira Internacional do Livro de Havana, em 2019. Cuba, por sua vez, participou de eventos similares no país africano.
A visita do presidente Diaz-Canel dará um novo impulso às relações com a Argélia, uma nação que sempre esteve ao lado de Cuba em sua luta contra o bloqueio imposto pelos Estados Unidos faz mais de 60 anos.
Turquia, Rússia e China são as outras nações que visitará o chefe de Estado cubano.
É uma viagem intensa – detalhou o presidente - focalizada em temas essenciais para a Ilha, relacionados com os esforços que se concentram em aliviar os efeitos da crise pós-pandemia que atinge o mundo, no caso de Cuba se torna ainda mais difícil por causa do genocida bloqueio norte-americano.