Díaz Canel na abertura do Colóquio pelo 50o aniversário das relações CARICOM-Cuba, na Universidade das Indias Occidentais.
Por Maria Josefina Arce
Iniciada em São Vicente e Granadinas, a viagem do presidente cubano Miguel Diaz-Canel pelo Caribe, com escalas, também, em Barbados e Granada, mostrou mais uma vez a relação especial que nos une e a disposição de continuar ampliando uma cooperação que se sustenta na solidariedade e na complementaridade.
Diaz-Canel se referiu à relação entre Cuba e Barbados como respeitosa e exemplar. Naquele país, além de participar da 8ª Cúpula Cuba-Caricom, realizou uma visita oficial com resultados proveitosos.
Aliás, Barbados foi um dos quatro primeiros territórios do Caribe de língua inglesa que, ao obter sua independência, desafiou as pressões dos Estados Unidos e estabeleceu relações diplomáticas com Havana, em 8 de dezembro de 1972. Por isso, neste dia, se comemora o Dia Caricom-Cuba.
A esse país irmão também nos une uma dolorosa página de nossa história: o atentado terrorista de seis de outubro de 1976 contra um avião comercial cubano, que caiu no mar, em águas de Barbados, onde perderam a vida as 73 pessoas que estavam a bordo.
As conversações com as máximas autoridades barbadenses espelharam a disposição de continuar avançando, aprimorando os vínculos entre as duas nações, para lá da saúde e o esporte, onde há uma cooperação sólida.
As duas partes coincidiram em aproveitar todas as potencialidades que pudesse haver no turismo, agricultura, meio ambiente e educação, com a preparação de professores de idiomas e a entrega de bolsas de estudos.
Granada foi a terceira e última escala da viagem. Foi a primeira visita realizada pelo presidente a essa ilha do Caribe, onde em 1998 o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, desvelou no aeroporto internacional Maurice Bishop uma placa em recordação dos 24 cubanos que morreram em combate durante a invasão norte-americana de 1983.
A cooperação com essa nação se desenvolve hoje em dia especialmente nas áreas da construção e saúde.
Durante o diálogo oficial, ambas as partes acertaram que ampliariam o intercâmbio na agricultura, saúde, educação e mudanças climáticas.
Aos três países, Diaz-Canel agradeceu o apoio à luta de Cuba contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos faz sessenta anos, que provoca sofrimentos às famílias cubanas e impede o desenvolvimento da nação.
Sem dúvida, a viagem do presidente cubano propulsará as relações de amizade entre Cuba e seus vizinhos caribenhos e representa uma oportunidade para continuar diversificando a cooperação.