Uma esperança para o Brasil

Editado por Irene Fait
2023-01-02 10:58:57

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El Comercio Perú

Por Maria Josefina Arce

O ano 2023 traz consigo uma esperança para o Brasil. Pela terceira ocasião assume a presidência Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu trabalhar para reconstruir o país, onde aumentou a pobreza, a desigualdade, a violência armada e o desmatamento da Amazônia.

Vinte anos depois de entrar pela primeira vez no Palácio do Planalto, Lula tem diante de si uma missão difícil, está herdando uma nação com muitas dívidas com a maioria dos brasileiros, e muito dividida após quatro anos de governo de Jair Bolsonaro, que, ao longo de seu mandato, manteve um discurso racista e de ódio, promoveu a venda de armas e colocou militares em postos chave.

A violência irrompeu em vários lugares do Brasil poucos dias antes da posse de Lula. As desordens correram por conta de apoiadores de Bolsonaro, que, por sinal, viajou aos Estados Unidos para não entregar a faixa presidencial ao seu sucessor.

Os apoiadores de Bolsonaro negam os resultados das eleições gerais de outubro passado, quando, no segundo turno, Lula da Silva foi vitorioso com mais de 50 por cento dos votos.

No domingo, 1º de janeiro, uma multidão se congregou em Brasília para saudar Lula no dia de sua posse.

Milhões de brasileiros confiam nele, porque em seus dois governos anteriores viram melhorar suas condições de vida conseguindo sair da pobreza.

Com Bolsonaro no governo, o Brasil voltou ao mapa da fome. Hoje em dia, mais de 30 milhões de pessoas são vitimas desse flagelo, aos que se somam quase 63 milhões que vivem mergulhados na pobreza.

O novo presidente insiste em que vai reverter este panorama. Uma vitória política do novo governo aconteceu em dezembro passado quando o Congresso aprovou 28 bilhões de dólares para financiar neste ano os programas sociais.

Durante a pandemia da Covid-19, a  situação se deteriorou muito, porque a doença não recebeu resposta eficaz das autoridades. O Brasil se tornou o segundo país no mundo, só superado pelos EUA, com o maior número de mortos em consequência da doença.

Bolsonaro não deu bola ao vírus, disse que era mera gripezinha, se opôs ao uso da máscara e a outras medidas necessárias para evitar a propagação e demorou a vacinação.

A pandemia deixou órfãs 40.803 crianças e adolescentes no país sul-americano, revelou a Fundação Oswaldo Cruz.

O outro desafio que Lula tem pela frente é o desmatamento da Amazônia.

De acordo com o Instituto Socioambiental, o governo de Bolsonaro representou o maior retrocesso ambiental do século, com aumento de 94% da tala indiscriminada de árvores na maior floresta tropical do mundo.

Lula da Silva assumiu em 1º de janeiro a presidência e, segundo Datafolha, a maioria dos brasileiros acha que seu governo será muito melhor para o país.



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