Granma
Por Roberto Morejón
Após um ano severo com relação à disponibilidade material, os cubanos esperam atenuar as dificuldades em 2023 e sabem que só conseguirão isso se arregaçarem as mangas.
O ano que finalizou foi um período de frequentes apagões por causa do déficit de geração de eletricidade devido às limitações financeiras para aplicar as manutenções indispensáveis nas antigas usinas termelétricas.
O bloqueio dos EUA foi implacável contra Cuba, cuja economia foi abalada pelo cerco e o impacto da Covid-19, queda do turismo e a insuficiente resposta da empresa estatal e a produção agrícola, apesar das estratégias traçadas para sua recuperação.
Um furacão devastador e dois acidentais fatais obrigaram a Ilha a concentrar-se em atenuar suas consequências.
No meio das aflições e com um mecanismo de distribuição de recursos não sempre eficazes, em algumas pessoas afincou-se o desgaste, mas a maioria pugna para resistir e criar.
Os cubanos se comprometeram driblar as adversidades e buscar prosperidade em meio ao assédio de Washington.
Os primeiros resultados de uma acertada estratégia permitiram praticamente zerar os apagões, e os habitantes da ilha reforçam a imunidade contra a Covid-19 com vacinas de fabricação nacional.
Reparar escolas sem afetar o ano letivo, continuar melhorando os bairros vulneráveis e ocupar-se de que as leis estimulem os cultivos e façam com que deslanchem as empresas estatais, são metas em 2023.
Advogar pelo florescimento de empresas micro e de pequeno e médio porte como complemento da atividade econômica estatal e elevar a contribuição de cada cidadão, cooperativas e outras formas de gestão, apontam para um modesto crescimento de dois por cento do Produto Interno Bruto.
Os cubanos iniciam 2023 com os olhos postos em tornar mais efetiva a justiça comum arvorada nos princípios do projeto social reinante e em ampliar os canais de estudo e trabalho para a juventude, a fim de que encontre possibilidades de realização pessoal dentro do país.
Tudo isso será viável se forem concentrados os esforços na direção correta, no que for verdadeiramente importante. como dissera o presidente Miguel Diaz-Canel.