O líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro, tem sido o autor de numerosas iniciativas de caráter humanitário e solidário. Um exemplo disso é a Missão Milagre, destinada a facilitar atendimento oftalmológico gratuito às pessoas de baixa renda.
O plano foi instaurado em julho de 2004 com o respaldo do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que foi um grande amigo de Cuba. O propósito era reduzir os índices de cegueira e outros problemas da vista não só nos dois países, mas também no resto da América Latina e noutras regiões.
Sob o acompanhamento de Fidel e Chávez, a Missão Milagre se estendeu rapidamente. Hoje, centros dedicados a essa tarefa funcionam em 13 países, atendendo pacientes portadores de deficiência visual que não têm recursos para pagar o tratamento e eventuais cirurgias.
Uma operação de catarata numa clínica privada da região pode chegar a custar 3.000 dólares e em algumas cidades dos EUA até 8.000.
Dados da OMS, Organização Mundial da Saúde indicam que no mundo existem quase 285 milhões de pessoas com algum problema na vista, a maioria com visão reduzida. Delas, 39 milhões estão cegas.
Porém, a entidade considera que 80% dos casos de deficiência visual poderiam ser evitados ou curados.
Essa é a filosofia da Missão Milagre, levada adiante por Cuba e Venezuela. Dez anos depois de sua criação, o projeto permitiu atender quase 3,5 milhões de pacientes na América Latina e Caribe.
Em Cuba, cabe destacar o trabalho do Centro de Microcirurgia Ocular do Instituto de Oftalmologia “Ramón Pando Ferrer”, em Havana. A instalação conta com os mais modernos equipamentos e profissionais de alto nível científico, e nela são capacitados também novos especialistas nessa área.
Ao ver os resultados da Missão Milagre nesta década de trabalho humanitário é preciso voltar a destacar a importância dessa iniciativa para as camadas mais humildes da população, e seu papel no processo de integração dos povos latino-americanos e caribenhos.
(R. Morejón, 26 de agosto)