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Por Maria Josefina Arce
Passou-se um ano de uma iniciativa do governo da presidente Xiomara Castro para apoiar as pessoas mais vulneráveis em Honduras e oferecer-lhes oportunidades para melhorar suas condições de vida, diante do descaso de anteriores governos neoliberais.
Quando Xiomara Castro assumiu o cargo em janeiro de 2022, em Honduras 75% da população viviam na pobreza e 50% dessas pessoas, na miséria total. Como se não bastasse, 12% dos hondurenhos são analfabetos, e a maioria dos que não sabem ler nem escrever vive nas áreas rurais.
Nestas circunstâncias nasce a Rede Solidária, um programa de cuidado, prevenção e apoio a famílias em situação de miséria para que possam sair dessa condição.
O programa dá continuidade a estratégia implementada pelo ex-presidente Manuel Zelaya antes do golpe de 2009. Naquela época, beneficiou mais de mil comunidades, mas 12 anos de governos neoliberais fizeram com que aumentasse o número de comunidades que a Rede Solidária deve atingir.
Hoje em dia são mais de duas mil, nas que está presente este esforço do atual executivo e que envolve as diferentes instituições da nação centro-americana.
O projeto é amplo abrangendo desde reformas de casas, construção de escolas, atendimento a grávidas e medidas contra a desnutrição das crianças menores de cinco anos.
Aliás, a desnutrição é um problema de grande incidência em Honduras. Segundo as estatísticas, um em cada quatro menores é vítima de desnutrição. Por isso, por iniciativa do governo, as crianças passam por um exame integral para que possam receber os cuidados necessários.
A Rede Solidária também contempla múltiplas oportunidades para os segmentos sociais mais pobres.
Por exemplo, busca capacitar os moradores das comunidades para que formem micro e pequenos negócios que lhes permitam aumentar a renda familiar.
Da mesma forma, as autoridades concederão bolsas de estudos aos bons alunos para que continuem seus estudos e tenham outras perspectivas de vida.
Para o atual governo de Honduras cada cidadão é importante. Por isso, lançou a campanha de alfabetização para adultos que nunca tiveram a oportunidade de receber educação. É um empenho em que a nação centro-americana conta com o apoio de Cuba e a implementação do método de alfabetização “Yo si puedo”.
Muitos foram os problemas e as dívidas com a população em todas as áreas que Xiomara Castro encontrou quando assumiu a presidência. Em apenas um ano o governo obteve sucessos e avanços, porém está ciente de que o caminho a percorrer é longo, após 12 anos de modelo neoliberal que mergulhou o país na miséria.