A violência se multiplica no Equador

Editado por Irene Fait
2023-07-31 18:37:42

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Por Maria Josefina Arce

A situação no Equador é bem complicada quando falta menos de um mês para as eleições gerais. Nas últimas semanas, a violência se multiplicou. Os motins nas prisões, os sequestros e os assassinatos de políticos e candidatos são coisas corriqueiras nestes dias.

O mais recente dos crimes é de Agustin Intriago, prefeito da cidade de Manta, onde, anteriormente, tinha sido assassinado um candidato à Assembleia Nacional pelo partido Revolución Ciudadana, do ex-presidente Rafael Correa.

Da mesma forma, ocorreu um novo motim carcerário. Mais de 30 pessoas morreram em consequência da violência que reinou durante três na Penitenciária do Litoral, em Guayaquil.

Para viabilizar a intervenção das Forças Armadas, o presidente Guillermo Lasso decretou o estado de exceção, o 16º no sistema penitenciário desde maio de 2021.

Por enquanto, a medida não serviu para acabar com a violência nas prisões, onde morreram mais de 400 pessoas nos últimos dois anos.

Luísa González, candidata presidencial pelo Partido Revolución Ciudadana, exteriorizou o que sentem muitos ao afirmar que estão baixando decretos  e mais decretos, porém não se resolve nada.

Nesse contexto, o presidente Lasso também decretou o estado de exceção, com toque de recolher, nas províncias de Manabi e Los Rios, e no cantão de Durán, em Guayas.

O governo apostou maior número de policiais e militares nas ruas, mas a insegurança continua na mesma. Dezenas de atos violentos ocorreram nos últimos dias nas cidades de Guayaquil e Esmeraldas, onde foram atacadas instituições governamentais inclusive.

Boa parte da população acha que situação exige outro enfoque. Enormes quantidades de recursos são alocadas à segurança ao invés de serem investidas em programas sociais para o desenvolvimento que acabariam fechando a porta à delinquência.

É preciso destinar mais verbas para a educação, para combater a evasão escolar e evitar que a juventude termine entrando nas organizações criminosas.

A verdade é que a insegurança está prejudicando muito a indústria, o comércio, e o turismo. Empresários afirmam que as vendas estão diminuindo e também se criam menos empregos.

Os equatorianos estão muito preocupados com a situação no seu país e sua incidência nas eleições, que estão marcadas para o dia 20 de agosto.

 



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