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Por Maria Josefina Arce
Em Cuba, avançam os estudos do NeuralCim, um medicamento neuroprotetor que surge das pesquisas realizadas no renomado Centro de Imunologia Molecular e está destinado às pessoas com Alzheimer leve ou moderado.
Segundo os cientistas envolvidos na pesquisa, são dois ensaios, que começaram em fevereiro passado. Um deles em Havana e o outro no resto do país. Cada um tem suas próprias características, mas o objetivo é o mesmo.
Na capital cubana, participaram mais de 400 pacientes do ensaio clínico fase 3. Já no resto das províncias cubanas estiveram envolvidas1456 pessoas.
Tenciona-se aumentar e confirmar toda a informação compilada da eficácia e da segurança para obter o registro definitivo do medicamento pelo CECMED (Centro para o Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos).
Após ter sido examinada a documentação entregue pelo Centro de Imunologia Molecular, em março passado, o CECMED concedeu o registro sanitário condicional ao NeuralCim, que significa uma esperança para uma população cada vez mais envelhecida.
No final de 2022, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Informação 22,3% da população cubana tinham mais de 60 anos de idade.
Além disso, como recordaram as autoridades sanitárias, Cuba não tem acesso aos medicamentos existentes no mundo para essa doença devastadora, por isso é muito importante desenvolver o nosso próprio.
O processo todo é fiscalizado pelo Centro Nacional Coordenador de Ensaios Clínicos, encarregado de monitorar as boas práticas clínicas nos diferentes institutos de pesquisa.
NeuralCim demonstrou ter menos efeitos colaterais que outros medicamentos que se vendem no mundo e retarda a deterioração cognitiva. Ao mesmo tempo, melhora a qualidade de vida das pessoas com Alzheimer.
Há grandes expectativas em torno de NeuralCim. Se for confirmada sua eficácia e segurança será uma conquista importante para Cuba e, principalmente, uma ótima notícia para os doentes e suas famílias, pois oferece outra perspectiva de vida.
