Apesar das reiteradas alertas científicas e dos chamamentos feitos em encontros internacionais, os países industrializados continuam levando adiante ações e políticas que colocam em risco a vida no planeta.
Nesse caso estão as emissões de gases que destroem a camada de ozônio. Essa parte da atmosfera é uma espécie de escudo protetor contra as radiações ultravioletas do sol, cujo efeito seria devastador para a flora e a fauna, incluso os seres humanos.
Paradoxalmente, as nações que menos poluem o meio ambiente com os clorofluorcarbonetos e outros gases do chamado efeito estufa são as mais engajadas nos programas de preservação da camada de ozônio.
Em Cuba, há anos existe um plano para erradicar as substâncias daninhas nesse aspecto. Os avanços são notáveis e reconhecidos por organismos internacionais, cientistas e personalidades, que consideram o país uma referência nesse aspecto.
Praticamente cortou-se a importação de clorofluorcarbonetos, utilizados nos equipamentos de refrigeração, climatização e noutros produtos. Ao mesmo tempo, decorre um programa para eliminar aos poucos o volume já existente no país, substituindo-o por equivalentes não nocivos. Os gases recuperados são destruídos através de processos especiais.
O Hotel América, na província de Villa Clara, foi a primeira instalação do seu tipo livre de gases que prejudicam a camada de ozônio. Isso foi possível graças à reconversão tecnológica dos equipamentos de ar condicionado e refrigeração.
Por outro lado, em Cuba foi proibido o uso do bromuro de metilo nos depósitos e instalações industriais, bem como nas plantações de fumo, café e outras espécies.
Os especialistas apontam que graças a ações desse tipo, em 2020 o país terá uma redução de 35% na presença desses gases, e de 67,5% até 2025. Cinco anos depois, alcançará a erradicação total.
As autoridades cubanas prestam atenção especial ao cuidado do meio ambiente, principalmente à preservação da camada de ozônio. O propósito do governo e dos cientistas é o mesmo: salvaguardar o planeta no qual vivemos.
(M.J. Arce, 15 de setembro)
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