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Por Maria Josefina Arce
Os apelos da comunidade internacional por uma solução para o conflito israelense-palestino, dada a escalada da violência nas últimas semanas, estão se multiplicando à medida que a situação humanitária na Faixa de Gaza se deteriora devido aos constantes ataques israelenses.
Em sessão aberta do Conselho de Segurança, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu respeito e proteção às vidas da população. O número de vítimas civis e a destruição total de bairros continuam aumentando, enfatizou.
O debate ocorre após quatro reuniões, que não conseguiram produzir uma declaração conjunta sobre o conflito, que ameaça se espalhar e agravar a já complexa situação no Oriente Médio.
Até o momento, as propostas apresentadas enfrentaram objeções dos Estados Unidos, que, como tradicionalmente fazem, impedem qualquer resolução contra seu aliado fiel na região: Israel.
A triste realidade é que os números de mortos e feridos são preocupantes. Na Gaza sitiada, quase seis mil palestinos morreram, 62% dos quais, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, são mulheres e crianças.
Além disso, há cerca de 15.200 feridos e mais de mil pessoas que se presume estarem debaixo dos escombros de casas e outras instalações destruídas pelo bombardeio sionista.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) alertou que dois terços dos hospitais de Gaza tiveram de parar devido ao cerco imposto por Tel Avive, após a ofensiva do Hamas contra o território israelense no dia 7.
A organização também apontou que pelo menos 50.000 mulheres grávidas não têm acesso aos serviços de saúde básicos e 130 bebês prematuros estão em risco.
Nos últimos dias foi permitida a entrada de ajuda humanitária, mas a verdade é que há mais de 15 anos o regime sionista impõe um bloqueio marítimo, terrestre e aéreo ao território palestino, violando o direito internacional.
A situação é muito complexa em Gaza, onde mais de um milhão de seus residentes são pessoas deslocadas internamente e enfrentam todos os tipos de privação e uma ameaça constante às suas vidas.
A atual escalada de violência no conflito israelense-palestino mostra mais uma vez a necessidade urgente de uma solução abrangente, justa e duradoura, incluindo o reconhecimento do direito do povo palestino às terras usurpadas por Israel.