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Por Maria Josefina Arce
A proteção ambiental é uma política do Estado cubano, que, além de desenvolver ações no território nacional para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, compartilha sua experiência e conhecimento neste âmbito com outras nações.
É notória sua participação em iniciativas como o Corredor Biológico no Caribe. Prestigiosas instituições científicas cubanas apoiam com recursos técnicos e humanos esse projeto que visa a promover ações de conservação da biodiversidade.
Criada em 2007, a iniciativa reúne atualmente Haiti, República Dominicana, Porto Rico, Cuba e Jamaica, sendo que esta última aderiu em dezembro do ano passado.
Havana também colocou à disposição do Haiti e da República Dominicana os mecanismos de resposta desenvolvidos por sua Defesa Civil para reduzir os danos causados pelos fenômenos meteorológicos cada vez mais frequentes e intensos resultantes das mudanças climáticas.
Como presidente pro tempore do Grupo dos 77, o país caribenho insistiu na importância da cooperação para mitigar e se adaptar a esse fenômeno, ao mesmo tempo em que defendeu o acesso necessário a mecanismos e recursos financeiros suficientes para implementar as medidas que cada país necessita diante do desafio imposto pelas mudanças climáticas.
Sobre esse último aspecto, o presidente cubano Miguel Díaz Canel destacou que, para as nações em desenvolvimento, enfrentar a mudança climática é um desafio colossal, no contexto do quanto ainda temos que avançar para alcançar o desenvolvimento sustentável e erradicar a pobreza.
Por esse motivo, o centro das ações de Cuba na vanguarda do mecanismo de coordenação tem sido incentivar a proteção do planeta. Nesta direção, compartilhou vários projetos para enfrentar esse problema com outros Estados, especialmente os vulneráveis.
Outro passo importante nesse caminho é a Cúpula de Líderes do Grupo dos 77, no contexto da 28ª Conferência-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que decorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O evento do Grupo dos 77 foi precedido por discussões dos representantes dos países membros sobre o progresso da coordenação de assuntos e negociações realizadas em reuniões anteriores ao evento.
É uma nova oportunidade para refletir e consolidar uma posição comum do bloco em defesa dos interesses e das necessidades do Sul nessa questão.
Cuba fala como nação e presidente pro tempore do Grupo dos 77 pelos países menos desenvolvidos, por suas aspirações e demandas diante do desafio da mudança climática, em meio a uma arquitetura financeira internacional injusta.