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Por Roberto Morejón
Em economia de guerra, Cuba mantém a prioridade da empresa estatal, mesmo que seu trabalho seja afetado pela escassez de insumos e combustível, bem como de divisas nos cofres públicos.
São essas carências, juntamente com outras causadas pelo bloqueio dos EUA, tensões internacionais, desequilíbrios macroeconômicos e erros internos, que impactaram a gestão das empresas estatais cubanas durante 2023.
Consideradas o bastião do crescimento e do desenvolvimento do país, essas entidades não conseguiram contribuir como se esperava e incidiram em que Cuba terminasse o ano com um Produto Interno Bruto menor do que o planejado.
No entanto, no plano de estabilização macroeconômica projetado pelo governo para 2024, a indústria estatal deve desempenhar um papel no crescimento de atividades decisivas que permitem pensar no aumento de 2% do Produto Interno Bruto.
No ano que vem, a nação terá de trabalhar essencialmente com o que é gerado internamente, já que os déficits de produção não podem ser cobertos por importações.
Cuba pretende aumentar a produção para exportação, que em 2023 ficou aquém em mais de 700 milhões de dólares, de modo que a agricultura e a indústria terão de fazer contribuições significativas.
Nesse sentido, ma mais recente sessão do Parlamento se explicou que Cuba implementará medidas para avançar na transformação integral da empresa estatal socialista.
Com o objetivo de consolidá-la como o ator principal da economia nacional, o governo empreenderá gradualmente a melhoria das estruturas e do funcionamento das Organizações Superiores de Gestão Empresarial, conhecidas por sua sigla OSDE.
O Primeiro Ministro, Manuel Marrero, informou da próxima aprovação da Lei Empresarial, que visa, entre outras coisas, classificar as entidades conforme suas particularidades, dando ênfase à sua autonomia.
De acordo com essa intenção, Cuba reforçará a criação de micro, pequenas e médias empresas estatais, sem renunciar ao fortalecimento das empresas privadas.
A nação também pretende explorar melhor as capacidades ociosas da indústria local.
Cuba trabalhará em 2024 para que a operação das empresas estatais seja mais segura e, como disse o primeiro-ministro, garantir que seus interesses não sejam colocados em risco.