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Por Maria Josefina Arce
Com toda a sua diversidade e riqueza cultural chega o Brasil à 32ª Feira Internacional do Livro de Havana, onde, pela segunda vez na história desse importante evento literário, é o convidado de honra.
E traz cerca de seis mil livros publicados em espanhol, incluindo clássicos infantis, para o evento tão aguardado pelo público e muito especial, neste ano, pela proximidade entre o povo cubano e brasileiro.
Para o embaixador do Brasil em Havana, Christian Vargas, ser o convidado de honra tem grande significado no processo de retomada das relações com Cuba após o retorno de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência, em janeiro de 2023.
A importância que o Brasil atribui ao evento é confirmada pela grande delegação participante, comandada pela Ministra da Cultura, a conhecida cantora e compositora Margareth Meneses.
O Brasil é terra de escritores notáveis e muito conhecidos pelos cubanos, não só pela leitura de suas obras, mas também por sua adaptação ao cinema e ao teatro, como Jorge Amado, com suas inesquecíveis "Dona Flor e seus dois maridos" e "Gabriela, Cravo e Canela".
Agora os leitores podem conhecer a mais recente produção literária do país sul-americano.
A delegação brasileira também é composta por um grupo dos principais autores de histórias em quadrinhos, um gênero importante e crescente no Brasil.
A Feira inclui em seu programa a exibição de filmes brasileiros, que os cubanos também puderam apreciar nos Festivais Internacionais do Cinema Novo Latino-Americano, que se realizam todos os anos, no mês de dezembro, em Havana,
É inegável que os dois povos se identificam em vários aspectos, unidos por estreitos laços de amizade e solidariedade.
Inaugurada oficialmente na quinta-feira, a Feira abre suas portas para as famílias cubanas, que fizeram deste evento, um dos mais importantes do mundo editorial da América Latina e do Caribe, o seu próprio, e tem a satisfação de receber mais uma vez o Brasil, velho amigo de Cuba.