Trabalhadores de todo o mundo exigem seus direitos trabalhistas

Editado por Irene Fait
2024-05-01 17:57:05

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Ataque à manifestação de trabalahdores em 1886, Chicago, Estados Unidos.

Por María Josefina Arce

Cento e trinta e cinco anos  depois de ter sido instituído, o Dia do Trabalho continua sendo uma jornada de luta em boa parte dos países, para exigir direitos trabalhistas e condições de trabalho decentes para todos.

Todo Primeiro de Maio, homens e mulheres saem às ruas das principais cidades. Neste ano não foi diferente, pois as injustiças sociais e trabalhistas ainda persistem em todo o mundo.

O mundo ainda não se recuperou totalmente da pandemia da COVID 19, que aprofundou as desigualdades e teve um impacto negativo no mercado de trabalho, com a perda de milhões de empregos e o aumento do desemprego.

Embora em 2023 tenha havido certa queda nesse índice, para o ano corrente as previsões não são favoráveis, pois apontam para uma nova alta, com uma taxa de 5,2%. Uma situação que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho, afetará primeiro os países que enfrentavam um panorama precário antes da emergência sanitária.

O trabalho informal continua prevalecendo. Cinquenta e oito por cento da força de trabalho sobrevivem nessa situação, sem contratos de trabalho seguros, proteção social ou representação dos trabalhadores.

E a diferença entre gêneros prossegue, principalmente nos salários. É uma realidade que as mulheres recebem menos do que os homens. Essa desigualdade é ainda maior para mulheres portadoras de deficiência, mulheres com filhos e mulheres migrantes.

A América Latina apresenta um contexto bastante desfavorável. O desemprego entre os jovens, a informalidade, a perda do poder de compra dos salários e as diferenças marcantes entre homens e mulheres caracterizam a situação atual na região.

Além disso, o trabalho forçado e a exploração no trabalho ainda estão presentes no século 21. De acordo com organizações internacionais, milhões de pessoas em todo o mundo estão em situação de trabalho forçado.

Serviços, indústria, agricultura, construção e trabalho doméstico são as áreas em que esse problema é mais prevalente, gerando lucros ilegais de US$ 236 bilhões a cada ano, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho.

Ainda há grandes desigualdades entre regiões, gêneros e faixas etárias no âmbito do trabalho. O mundo ainda tem um longo caminho a percorrer para atingir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável No. 8 sobre trabalho decente para todos.



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