Coincidindo com o que indicavam as pesquisas de opinião mais recentes, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, candidata do PT – Partido dos Trabalhadores, liderou a votação no domingo passado e vai disputar o segundo turno das eleições com Aécio Neves, do PSDB Partido da Social Democracia Brasileira. Nenhum dos candidatos obteve 50% mais um dos votos.
Mais de 41% dos que foram às urnas neste fim de semana optaram pela continuidade da gestão do governo e dos programas sociais instaurados pelo antecessor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva, qualificados de modelo pela ONU, Organização das Nações Unidas.
Um estudo da FAO, Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação, divulgado há poucos dias, mostrou que no Brasil o segmento da população mergulhado na pobreza diminuiu de 24,3% em 2001 a 8,4% em 2012. O desemprego baixou para 5% ao serem criados nesse período 21 milhões de postos de trabalho, e o poder aquisitivo dos cidadãos cresceu uma média de 71%.
Desde 2003, quando o PT assumiu o poder, nesse país são levadas adiante numerosas iniciativas para melhorar a atenção aos segmentos carentes e vulneráveis, entre eles as crianças, idosos e mulheres grávidas.
Por sua vez, Aécio Neves, que recebeu cerca de 34% dos votos, é partidário de mais privatização, livre mercado e menos funcionários públicos, entre outras ideias. Neves, ex-governador de Minas Gerais, superou no último instante a candidata do PSB, Partido Socialista Brasileiro, Marina Silva, que o tinha desbancado do segundo lugar da preferência de voto após a morte trágica de Eduardo Campos, de quem era vice na chapa eleitoral, em agosto passado.
Silva defendeu um modelo neoliberal e privilegiar as relações com os EUA e com a chamada Aliança para o Pacífico, às custas dos blocos de integração dos quais faz parte o Brasil.
Na votação de domingo passado, os brasileiros elegeram os 513 membros da Câmara de Deputados e renovaram uma parte do Senado, que tem 81 cadeiras. Também, os integrantes dos parlamentos estaduais e governadores.
No dia 26 deste mês, novamente estarão frente a frente os candidatos do PT e do PSDB, com projetos de governo muito diferentes.
(M.J. Arce, 6 de outubro)