Temporada de furacões 2024 no Atlántico será ‘intensa
Por Pedro M. Otero Cabañas
Em 1º de junho começou a temporada de furacões no Atlântico Norte, que, de acordo com os especialistas, pode ser muito agressiva para a região.
Trata-se de um período de seis meses em que os sistemas de Defesa Civil no Caribe, na América Central, no norte da América do Sul, no Golfo do México e no sudeste dos Estados Unidos terão de ser ativados e colocados em alerta precoce.
Desta vez, os meteorologistas acrescentam aos seus cálculos a presença de um fenômeno pouco conhecido, a chamada Oscilação Madden-Julian, MJO, por suas siglas em inglês.
Este fenômeno nada mais é do que uma onda ou zona de baixa pressão que percorre o mundo em um período de 30 a 60 dias. O novo ator contribuiria para acelerar os processos de formação de tempestades e criar um cenário de clima severo na região.
Um segmento da MJO passará sobre o Atlântico e a África a partir de meados de junho, de modo que as condições atmosféricas se tornarão mais favoráveis ao desenvolvimento de furacões, principalmente sobre o Caribe, de acordo com a previsão, que foi endossada por quase todos os centros meteorológicos da região e pelo prestigioso Centro Nacional de Furacões dos EUA.
Como resultado, espera-se que a atividade de furacões esteja 85% acima do normal no Atlântico.
Como já se sabe, estima-se que haverá de 17 a 25 tempestades com ventos de 119 km/h ou mais, nesta temporada. Dessas, de 8 a 13 podem se tornar furacões, com ventos de 154 km/h ou mais. Das últimas, 4 ou 5 podem se tornar grandes furacões, com ventos de 178 km/h ou mais.
Em Cuba, as possibilidades de a Ilha ser atingida por furacões em junho e julho são muito baixas. As mesmas começam a aumentar em agosto e atingem o pico em setembro e outubro.
Os furacões tropicais estão associados a chuvas intensas, ventos fortes e inundações costeiras devido à penetração do mar. A quantidade de chuva é determinada pela velocidade do furacão e pelo tamanho da área que cobre.
O país tem uma Defesa Civil muito bem estruturada, com um centro de comando nacional, com filiais nas 16 províncias de Cuba.
Esses centros organizam, instruem, preparam e treinam os cidadãos para que possam lidar adequadamente com qualquer situação de emergência gerada pela natureza ou pelo homem.
As tempestades e furacões que passam pela Ilha, portanto, não pegam a população de surpresa. Mesmo assim, essas visitas desagradáveis causam vítimas e danos materiais, alguns deles consideráveis. Uma boa preparação e organização manterão os danos em um nível mínimo.