CELAC Social
Por María Josefina Arce
A segunda reunião social da CELAC, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, abre suas portas em Honduras nas próximas horas, reunindo organizações e movimentos da sociedade civil dos países membros desse mecanismo criado para promover a integração regional e trabalhar pelo bem-estar de seus cidadãos.
Aspectos importantes da atualidade política, econômica e social da região serão debatidos durante os três dias do evento, que dá voz aos povos e visibiliza suas preocupações e lutas por um mundo mais justo e sustentável e em prol da paz.
Os participantes focalizarão a soberania dos povos, o papel dos movimentos sociais na unidade regional, os direitos humanos rejeitando os golpes de Estado, que constituem um ataque à democracia.
A reunião acontece no âmbito do 15º aniversário do golpe de Estado em Honduras contra o presidente democraticamente eleito Manuel Zelaya. O chefe de Estado tinha implementado durante seu mandato (2006-2009) programas sociais que levaram à redução da desigualdade e da pobreza.
A economia de Honduras começava a crescer, a inflação estava no nível mais baixo, e a renda dos hondurenhos aumentava.
Mas o golpe, orquestrado pela oligarquia hondurenha, apoiada pelos EUA, levou a uma deterioração significativa da situação econômica, política e social em Honduras.
Por isso, a necessária unidade diante das ameaças da direita e para enfrentar ações desestabilizadoras contra governos progressistas é um dos eixos de organizações sociais na região.
Há um ano, em Buenos Aires, capital da Argentina, nasceu esse importante espaço de articulação popular. Isso ocorreu durante a Sétima Cúpula de Presidentes e Chefes de Estado dos países do bloco regional, cuja declaração final e 11 declarações especiais foram descritas como uma sólida base de trabalho para um maior progresso na integração.
A reunião social da CELAC em Honduras enriquece este processo, a partir da visão e das experiências dos diferentes setores da sociedade, em sua luta por um mundo melhor.
É uma oportunidade inestimável para continuar construindo a unidade regional na diversidade, com a participação essencial e protagonista dos povos.