Candidatos para as eleições gerais do Equador

Editado por Irene Fait
2024-08-12 17:09:22

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Noboa busca reelição nas presidenciais de 2025

Por María Josefina Arce

Os equatorianos irão às urnas em fevereiro de 2025 em eleições gerais nas que algumas figuras políticas, que já participaram das antecipadas de agosto do ano passado, tornarão a se apresentar na disputa pela presidência.

É o caso dos candidatos já confirmados Luisa González, do Movimento Revolução Cidadã, e do atual presidente Daniel Noboa, do Partido Ação Democrática Nacional, que, como era de se esperar e tinha anunciado, tentará a reeleição.

González e Noboa chegaram ao segundo turno das eleições antecipadas, no qual o candidato da aliança política de centro-direita Ação Nacional Democrática venceu com 52% dos votos para concluir o mandato de Guillermo Lasso à frente do país.

Vale lembrar que, em maio de 2023, Lasso decretou a morte cruzada, o que implicou a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de eleições.

Lasso usou essa figura jurídica, dado o andamento no órgão legislativo de um processo de impeachment contra ele por desvio de fundos e que ameaçava sua destituição do cargo.

Foi assim que Noboa se tornou presidente, cujos primeiros nove meses no cargo não foram isentos de controvérsia, tanto no âmbito doméstico quanto externo.

A declaração de um conflito armado interno, vários estados de emergência, toques de recolher e a militarização das ruas e prisões centraram sua política de mão dura contra o alto nível de insegurança na nação andina, que foi classificada em 2023 como a mais violenta da América Latina.

Mas a estratégia de Noboa gerou inúmeras críticas por ameaças aos direitos humanos. De fato, nos primeiros três meses deste ano, foram registradas 45 violações das prerrogativas dos cidadãos por parte da polícia e das forças militares, de acordo com organizações equatorianas.

O governo tem sido questionado por não oferecer uma resposta abrangente ao problema, que, segundo especialistas, precisa de investimentos em políticas públicas para combater a desigualdade, a pobreza, o desemprego e a falta de oportunidades, especialmente para os jovens.

No âmbito internacional, o Equador ganhou as manchetes em abril passado pela entrada à força de tropas na embaixada mexicana em Quito, a capital, para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que havia recebido asilo político do México. Essa ação foi amplamente criticada por muitos países.

O mandato de Noboa termina em 23 de maio de 2025, e ele tentará permanecer na presidência, mas nos últimos meses sua aprovação tem diminuído, entre outros motivos, devido à crise energética do país, à liberalização dos preços dos combustíveis e à insegurança, que ainda persiste.

 



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