Votação na ONU
María Josefina Arce
A sede da ONU na cidade de Nova York vivenciou mais uma vez de um dia histórico. O mundo tornou a condenar categoricamente o bloqueio genocida que os Estados Unidos mantêm há mais de seis décadas contra o povo cubano e que constitui uma clara violação do direito internacional.
Cento e oitenta e sete países se pronunciaram a favor do projeto de resolução apresentado por Cuba sobre a necessidade de pôr fim a essa política hostil, que de março de 2023 a fevereiro de 2024 causou à nação caribenha prejuízos estimados em mais de cinco bilhões de dólares.
De novo, o isolamento dos Estados Unidos ficou evidente, ao ser apoiado apenas e como sempre por seu fiel aliado, Israel, enquanto a Moldávia se absteve.
Esta é a trigésima segunda vez, desde 1992, que a Assembleia Geral da ONU expressa seu repúdio ao cerco econômico, que foi intensificado sob o governo do ex-presidente Donald Trump com mais de 240 medidas e mantido sob a presidência de Joe Biden.
De março de 2023 a fevereiro de 2024, denunciou Cuba, as ações dos Estados Unidos tiveram por objetivo identificar e perseguir as principais fontes de renda da economia cubana.
Os discursos dos representantes de vários países e organizações regionais deixaram claro que o mundo rejeita o bloqueio de Washington contra Cuba, o mais longo e abrangente sistema de medidas coercitivas unilaterais já aplicado contra qualquer nação.
CARICOM (Comunidade do Caribe) afirmou que não há justificativa legítima para as medidas coercitivas contra Cuba, enquanto a CELAC (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) ressaltou que é incongruente aplicar sanções que não são apoiadas no direito internacional, nem pelo espírito ou propósitos e princípios da Carta da ONU.
A votação foi precedida por muitas demonstrações de solidariedade com a Ilha nos últimos meses em várias nações do mundo e em muitas cidades dos Estados Unidos.
A vitória retumbante na ONU é um sinal da imensa solidariedade com o povo cubano, que, como muitos afirmam, tem o direito de viver sem bloqueio e trilhas em paz o caminho que escolheu.
O presidente cubano Miguel Díaz Canel enfatizou que a dignidade do povo da Ilha e a solidariedade universal derrotaram mais uma vez os Estados Unidos.