Milei totalmente alinhado com Trump

Editado por Irene Fait
2025-02-11 17:23:39

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Foto: Imagen del Golgo

Por María Josefina Arce

O presidente da Argentina, Javier Milei, não apenas elogiou e expressou sua total afinidade com o presidente dos EUA, Donald Trump, de cuja posse participou em Washington, mas também parece  determinado a seguir seus passos em muitos aspectos.

Faz uns dias atrás, anunciou que retirará a Argentina da OMS, a Organização Mundial da Saúde, uma intenção que seu admirado inquilino da Casa Branca já havia revelado anteriormente sobre os Estados Unidos.

A justificativa do líder argentino de ultradireita é a mesma de Trump: resposta supostamente insuficiente da organização à pandemia da COVID-19 e a outras crises de saúde.

Autoridades de saúde e especialistas argentinos questionaram a decisão de Milei descrevendo-a como alinhamento total da política externa com Washington, desnecessário e errado.

Além disso, apontaram que o anúncio faz parte de uma estratégia que busca fazer com que o Estado abandone as responsabilidades que ainda tem em matéria de saúde.

Enfatizaram que, sem a colaboração internacional e sem uma instituição líder, está se tornando cada vez mais difícil ter melhor saúde.

A decisão de Milei é um novo ataque ao sistema de saúde do país sul-americano, que já está enfrentando uma situação difícil devido aos cortes orçamentários do governo que prejudicaram programas vitais.

As duras medidas adotadas desde que Milei chegou ao poder em dezembro de 2023 levaram à demissão de 1.400 trabalhadores do setor e afetaram áreas essenciais como a vacinação e a resposta ao HIV, à tuberculose e à hepatite.

As medidas em questão prejudicam o funcionamento do PAMI (Programa de Atenção Médica Integral), para aposentados e familiares a cargo, o Hospital Espanhol e o Laura Bonaparte, uma instituição que trata doenças mentais e também oferece atendimento ambulatorial para crianças e jovens com problemas de saúde mental.

Obviamente, a saída da Argentina da OMS, da que é membro desde 1948, não será uma tarefa fácil; exige a aprovação do Congresso, onde o Libertad Avanza, partido do presidente, está em desvantagem.

Além disso, especialistas em direito apontam que a implementação da medida somente por decreto presidencial poderia abrir um processo no qual corre o risco de ser declarada inconstitucional pela Suprema Corte.

Milei parece determinado a seguir os passos do presidente dos EUA, embora muitos analistas não descartem que sua decisão sobre a OMS, e também outras políticas controversas tenham o propósito de desviar a atenção dos problemas econômicos e sociais da nação sul-americana.



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