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Por Roberto Morejón
O Irã condena o bloqueio dos EUA a Cuba, e a Ilha rejeita a pressão que exerce Washington sobre Teerã sob o pretexto do programa nuclear pacífico do país persa.
Essas linhas de política externa são apoiadas pela visita a Havana do vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Saeed Khatibzadeh, ocasião em que ambos os lados reafirmaram o excelente nível das relações bilaterais.
Durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, e outros interlocutores, os laços de fraternidade e solidariedade entre os dois povos foram reafirmados.
Os dois países enfrentam sanções dos EUA e hostilidade repetida, como se manifestou recentemente no caso do Irã.
O presidente Donald Trump ameaçou um possível bombardeio contra o Irã e tarifas se o país não chegar a um acordo com a Casa Branca sobre seu programa nuclear.
Diante de tal intimidação, o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, escreveu na rede social X que isso coloca em risco a paz, a estabilidade e a segurança internacionais.
O governo de Cuba considera a República Islâmica um interlocutor confiável e, nesse sentido, promove a cooperação, os investimentos e outros negócios entre as duas nações.
O presidente cubano Miguel Díaz-Canel visitou Teerã em 2023 e se reuniu com autoridades e empresários locais de alto escalão, alguns dos quais participaram da Feira Internacional de Havana 2024.
A nação caribenha promove o desenvolvimento de negócios conjuntos e a colocação de produtos iranianos no mercado doméstico, além de fomentar a cooperação com base no desenvolvimento da ciência e da inovação.
Os dois países valorizam muito os passos dados, especialmente na indústria biotecnológica e biofarmacêutica, com destaque para o desenvolvimento de vacinas.
Cuba e Irã avançam para a consolidação de uma parceria estratégica de 10 anos, para lá das dificuldades decorrentes das tensões internacionais, como a guerra no Oriente Médio, desencadeada por Israel em Gaza.
Da mesma forma, não podem ser ignoradas as dificuldades atuais da economia cubana, causadas principalmente pelo bloqueio dos EUA.
Ambos os países, que permanecem em lista absurda de patrocinadores do terrorismo de acordo com Washington, estão trabalhando em prol, da paz, ao mesmo tempo em que rejeitam a coerção de terceiros, sempre buscando circunstâncias favoráveis à promoção de projetos que beneficiem seus povos.
