Cuba e México têm um vínculo de amizade de mais de cem anos que se sobrepõe ao tempo e aos obstáculos. Esse país sempre considerou Cuba como um parceiro confiável na região. Recentemente, o presidente mexicano Enrique Peña Nieto deixou clara sua posição em favor de uma consolidação dos históricos laços que unem ambos os povos.

Em janeiro do ano passado o mandatário visitou a capital cubana para participar da Segunda Cúpula da CELAC, Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos. A ocasião foi propicia para dar um considerável impulso às relações bilaterais.

Nessa oportunidade, Peña Nieto se reuniu com seu homólogo cubano, Raul Castro, e com o líder histórico da Revolução, Fidel Castro, com quem dialogou sobre diversos temas.

O México é o sétimo parceiro comercial de Cuba em nível global e o terceiro na América Latina, com intercâmbios de 500 milhões de dólares por ano, mas ambas as nações têm a convicção de que ainda existe muito potencial.

Daí que em maio de 2014 uma numerosa delegação de empresários mexicanos visitou Havana interessando-se na nova Lei cubana de Investimento Estrangeiro e as novas possibilidades que oferece a Zona Especial de Desenvolvimento do Mariel.

Dessa viagem resultou a inauguração do escritório PRO MEXICO na capital cubana, que estabelece uma ponte importante para facilitar as relações econômicas entre os dois países.

Os homens de negócios mexicanos estão interessados em instalar-se na Zona de Mariel por considerar que pode significar uma ponte para outros mercados. Energia, turismo, serviços e a indústria agroalimentar são alguns dos setores na mira dos empresários mexicanos.

Já existem 21 projetos bilaterais de colaboração. Estes se desenvolvem na área da engenharia, exploração de minérios, agricultura, pesca e saúde, uma esfera na que o México reconhece os notáveis avanços da medicina cubana.

Não se trata só de uma relação de amizade entre os dois povos, mas também de trabalhar juntos em benefício de ambos os países.

(M.J. Arce 23 de fevereiro)