A biotecnologia cubana deu ao mundo medicamentos para combater ou aliviar diversas doenças. Organismos internacionais têm reconhecido sua alta eficácia e destacaram o progresso do país nessa esfera. A firmeza e a vontade dos cientistas e do governo fizeram possível que numerosos cubanos, assim como cidadãos de outros países se favoreçam com novos fármacos.
Longa é a lista destes produtos biotecnológicos. Possivelmente um dos mais conhecidos na atualidade em nível mundial seja o Heberprot-P para o tratamento da úlcera do pé diabético. O medicamento recebeu em 2011 o prêmio ao Melhor Inventor Jovem da OMPI, Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Este organismo lhe outorgou a Medalha de ouro por seu impacto na saúde ao diminuir o risco das amputações.
Não obstante, são vários os medicamentos cubanos que têm reconhecido prestígio em todo o mundo e que foram distinguidos por esse organismo da ONU, criado em 1967. Os pesquisadores cubanos receberam durante 22 anos nove medalhas de ouro pelas inovações tecnológicas, fato excepcional para um país do chamado Terceiro Mundo.
A primeira medalha outorgada a Cuba em 1989 correspondeu ao Instituto Finlay pela vacina contra o Meningococo do grupo B. Em 1999 foi o PPG, medicamento de diversos usos do Centro Nacional de Investigações Científicas.
Também foram prestigiados o Biocida, produto derivado da cana de açúcar, a vacina contra a influenza de tipo B e o Surfactante pulmonar suíno. Também foi reconhecida a criação de uma molécula capaz de melhorar o tratamento em doentes com tumores de origem epitelial e o método para a conservação de leite crua sem refrigeração, com o nome comercial de Stabilak.
Agora é o turno do novo medicamento Anticorpos monoclonais anti CD6 para o tratamento e diagnóstico da psoríase do Centro de Imunologia Molecular. Esta doença crônica e não contagiosa da pele afeta uns cem milhões de pessoas no mundo.
Os notáveis avanços da biotecnologia cubana são uma modesta, mas significativa contribuição para melhorar a saúde não só em Cuba, mas também estender seus benefícios a outras nações.
(M.J. Arce – 21 de abril de 2015)