Em países como o Brasil, a Argentina, a Bolívia, a Venezuela e o Equador se repetem os padrões desestabilizadores da oligarquia. Há mais de um ano o presidente do Equador, Rafael Correa alertou sobre sobre este fenômeno e, seu governo foi alvo nas últimas semanas de ações violentas da direita.
A agressiva mobilização de forças da oposição e as tentativas de arrastar a população são as estratégias empregadas pelos opositores. No caso do Equador, este segmento invocou como pretexto a apresentação dos projetos de lei de herança e de mais-valia.
Em um gesto de boa vontade o governo retirou temporariamente os documentos e pediu um diálogo nacional. A oposição ainda não respondeu e persiste em seus planos de desestabilização. Recentemente convocaram uma greve para o próximo mês de agosto.
Várias vezes o executivo esclareceu que os projetos de lei não afetam os setores mais necessitados. Trata-se de ir a uma distribuição mais equitativa da riqueza e prejudicam apenas dois por cento da população.
A este respeito, Correa indicou que no Equador ainda o dez por cento mais pobre recebe 22 vezes menos do que o dez por cento mais rico. O número era de 42 vezes em 2007, quando assumiu o poder a Revolução Cidadã.
O presidente ressaltou que para fazer uma sociedade mais justa, deve-se distribuir oportunidades, saúde, oferta de trabalho, riqueza e renda entre capital e trabalho, e prevenir a exploração.
Atualmente, o Equador, de acordo com a CEPAL, Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina é um dos países com maior investimento social. A nação sul-americana disponibiliza um orçamento significativo para o pagamento de salários, distribuição de material escolar, medicina, equipamentos médicos e assegurar a proteção social para diversos setores.
Estes aspectos é claro que não têm importância para a oposição, interessada só em voltar ao poder e, assim, encher os bolsos à custa das camadas mais pobres da população.
Suas ações desestabilizadoras têm um efeito negativo sobre a economia do país andino, que é considerado como um dos estados que têm feito grandes conquistas na luta contra a pobreza.
O crescimento econômico e a redução da desigualdade, junto à vontade política do governo de Correa permitiram diminuir em 15 pontos a pobreza.
Mas, como denunciou o presidente equatoriano, as ações violentas da direita começaram a afetar o investimento e as atividades econômicas, como o turismo.
Grupos de poder se opõem a qualquer coisa que o governo faz em benefício da sociedade, disse Correa. O mandatário salientou que antes de cada insulto o governo vai responder com uma escola e um novo hospital, e frente de cada ato violento vai se expressar com bondade.
(M.J. Arce – 21 de julho)