Graças aos recursos bem aplicados depois da nacionalização das riquezas naturais, a Bolívia mantém seu crescimento econômico e financeiro que permite ao governo de Evo Morales atender às necessidades da população e consolidar rapidamente o projeto de se tornar o coração energético da América do Sul.
Em 2016, apesar de prosseguir a crise global e a queda dos preços das matérias-primas, se prevê um crescimento de 5 por cento do Produto Interno da Bolívia. Tal percentual será o mais elevado em nossa região pelo terceiro ano consecutivo.
Ao longo de 20 anos de neoliberalismo, a renda petroleira nesse país era de 5,4 bilhões de dólares. Já na década de governo do Movimento ao Socialismo – MAS – o mencionado indicador disparou para 31 bilhões, revelou o presidente Evo Morales em ato público, no fim da semana passada.
Depois de nossa libertação política, melhoramos ostensivamente a economia e vamos continuar fazendo obras para o povo, asseverou o chefe de Estado.
Recentes informações destacam a solidez e a estabilidade do sistema financeiro boliviano, que continua subindo.
Conforme a Autoridade de Fiscalização do Sistema Financeiro, nos primeiros três meses de 2016 as entidades de intermediação alcançaram mais de 55 milhões de dólares em utilidades, o que mostra o comportamento positivo dos depósitos, crescimento dos créditos, baixos níveis de demora e apropriados índices de solvência e liquidez.
As somas depositadas pela população aumentaram em 18,1 por cento de março de 2015 a março de 2016, um ritmo similar ao registrado nos últimos cinco anos.
Além disso, o número de contas de depósitos passou de 1, 9 milhão em dezembro de 2005 a 6, 9 milhões em março de 2016, o que indica um claro aumento da confiança no sistema financeiro nacional.
Nos primeiros quatro meses deste ano, o índice de inflação acumulada é de 1,5 por cento e para dezembro se calcula que este indicador alcançará os 5,3 pontos, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas.
O crescimento e a estabilidade da economia, assim como a boa administração durante os últimos dez anos, permitiram realizar notáveis investimentos nas áreas de educação, saúde e moradia que elevaram a qualidade de vida da população, principalmente nas regiões que antigamente não recebiam atenção do Estado.
Há, também, acelerado esforço em matéria energética, como demonstra o programa de modernização das três maiores usinas termelétricas do país, que devem dobrar ou triplicar sua capacidade de geração.
Na última segunda-feira foi assinado um convênio com a empresa alemã Siemens AG para realizar trabalhos na Termelétrica do Sul, no departamento de Tarija, que cobrirá as necessidades da região e desempenhará importante papel na interconexão com Argentina e Paraguai.
A Bolívia aposta em se tornar, nos próximos anos, o coração energético da América do Sul, graças, também, a suas importantes reservas de gás, que hoje em dia estão nas mãos da população e propulsam o desenvolvimento e a modernização do país. A Bolívia, gata borralheira do continente, se transformou em dez anos num espelho do que se pode conseguir com um governo a serviço de seu país.