A recente visita a Cuba do ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, José Manuel Garcia-Margallo teve grande repercussão principalmente na Espanha. O visitante expressou que as relações entre os dois países vão de vento em popa.

Na segunda estadia oficial desde sua nomeação em 2011, Garcia-Margallo não poupou elogios aos acordos e contatos com Cuba. Em entrevista à imprensa, o chefe da diplomacia espanhola fez referência ao seu encontro com o presidente de Cuba, Fidel Castro.

Os jornalistas realçaram as declarações de Garcia-Margallo sobre o que qualificou de “cordia” e “um antes e um depois” com relação a esse encontro, e destacou o fato de um Chefe de Estado receber um ministro, como era seu caso.

Garcia-Maragallo, que esteve acompanhado pela ministra de Fomento Ana Pastor, pôde conversar em Havana com altos funcionários cubanos.

Meios de imprensa destacaram o antecedente positivo da visita do chanceler espanhol porquanto no começo deste mês foi assinado em Madri o acordo que reordena a dívida de médio e longo prazos de Cuba com essa nação europeia.

Ambos os governos qualificaram esse passo como contribuição efetiva para o progresso das relações econômicas, comerciais e financeiras.

Como resultado das negociações na capital da Espanha, as empresas dessa procedência poderão se beneficiar para cobrir os gastos de investimentos em Cuba a partir de novos financiamentos de médio e longo prazos.

Por sua vez, o ministro cubano de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro Rodrigo Malmierca e o secretário de Estado de Comércio da Espanha Jaime Garcia-Legaz concordaram em criar e acionar um comitê binacional.

Este mecanismo definirá os projetos de investimento que serão feitos dentro do programa de conversão da dívida aprovado pelas duas nações.

Em busca de potenciar as relações econômicas, se realizou em Havana a reunião do Comitê Empresarial Cuba – Espanha.

O encontro revelou que o comércio bilateral cresceu em 15 por cento em 2015 comparado com o ano passado e a Espanha se consolidou como terceiro parceiro comercial de Cuba e primeiro na União Europeia.

O país europeu tem aqui com quase 200 firmas, principalmente na chamada indústria do lazer.

Aos beneficiosos contatos em turismo se somam os que se vislumbram na área de transporte, porquanto a ministra Ana Pastor assinou um acordo para assessoramento no tráfego rodoviário, marítimo, manutenção de trens e serviços aeroportuários.

Sem dúvida, é outro aspecto importante da proveitosa cooperação econômica que impulsionam Cuba e Espanha.