A recente assinatura de um acordo de complementaridade comercial assinado entre Cuba e Colômbia na cidade de Medellin provocou grande impacto nas esferas econômicas e na imprensa colombianas. O acordo prevê aumentar o volume comercial e sondar investimentos.
Colômbia e Cuba firmaram o convênio que permitirá a entrada em Cuba de 89 por cento dos produtos colombianos isentos de impostos.
Mais de 2000 itens já se beneficiavam com a isenção. A partir de agora serão adicionados outros 2.518 produtos graças ao relançamento das relações econômicas vigentes desde 2001.
Entre os itens incluídos na isenção merecem destaque os de origem agropecuária e têxteis, automotivos, couros, eletrodomésticos, calçados e materiais de construção e siderúrgicos.
O acordo comercial entre Cuba e Colômbia também reduz impostos em outros produtos e inclui normas de origem com o propósito de conceder caráter duradouro às vendas.
Tudo aponta para a revitalização das operações – modestas até hoje -, porquanto as exportações da Colômbia a Cuba em 2015 alcançaram apenas 39 milhões de dólares.
Desse montante, 91 por cento correspondem a plásticos, cerâmicas, maquinarias, alimentos, medicamentos e peças para a habilitação de serviços sanitários.
Os governos da Colômbia e Cuba também estão sondando a possibilidade de realizar investimentos. As agências que promovem as exportações e investimentos Procolômbia e Procuba vão trabalhar nessa direção.
Sobre a mesa está latente a eventualidade de que Cuba venda produtos farmacêuticos e biotecnológicos à Colômbia, mas será preciso esquivar as multinacionais, que dominam esse fluxo.
Além disso, Cuba pode oferecer serviços médicos como vem fazendo em 70 países.
No quesito serviços, vale mencionar a indústria do turismo como uma esfera apta para a colaboração.
É pequeno o trânsito entre os dois países, até porque da Colômbia viajaram a Cuba 30 mil pessoas em 2015 e na direção inversa foram oito mil, mas se espera que as agências de viagens possam fixar o multidestino, com benefício para as duas partes.
Em outras palavras, os governos de Cuba e da Colômbia estão avançando em direção da expansão de seus vínculos econômicos.
Cuba diversifica seus mercados e fontes de investimentos, mas os países da América Latina sempre receberão atenção especial nas discussões para potenciar o comércio proveitoso.