A Bolívia apostou em seu desenvolvimento técnico e científico e avança nesse caminho. Em breve, assinará três memorandos de entendimento com a Rússia sobre pesquisa nuclear para uso pacífico dessa energia em áreas como saúde e alimentação.
Os documentos, que propulsarão notavelmente os acordos bilaterais assinados em março passado ligados ao tema estipulam a capacitação de jovens bolivianos na Rússia. Já outros profissionais se especializarão em pós-graduação na área das aplicações pacíficas da tecnologia atômica.
Tenciona-se construir na Bolívia o centro nuclear mais moderno da América do Sul que contará com a tecnologia da Corporação Estatal russa ROSATOM que construiu 112 centros de pesquisas , não só na Rússia, mas também noutros 22 países.
A instalação conta com os mais elevados padrões internacionais e o acompanhamento constante da Agência Internacional de Energia Atômica.
O governo do presidente Evo Morales levou adiante este projeto com seriedade total, e discutindo tudo com a população, houve audiências para escutar a opinião da comunidade, e responder as perguntas.
O centro, que será construído em El Alto, terá por objetivo a pesquisa em física nuclear, especialmente a produção de radioisótopos para uso médico, o que será fundamental para contribuir para o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz de doenças cardiovasculares e diferentes tipos de câncer.
Igualmente, permitirá a irradiação de alimentos e sementes para sua conservação, e estudar os solos e águas a fim de detectar a presença de metais pesados, entre outros aspectos.
Segundo os especialistas, este centro ao entrar em funcionamento, viabilizará a formação de cientistas e técnicos, o que se traduzirá em melhor desenvolvimento da medicina, a indústria e a educação bolivianas.
Será um projeto fundamental para a modernização do país e seu desenvolvimento socioeconômico, uma meta do governo para melhorar a qualidade de vida da população.
Outros programas foram acionados nesse sentido. Por exemplo, foram colocados em órbita satélites em parceria com a China. O Tupac Katari, que está no espaço há mais de três anos, já faturou 19 milhões de dólares e possibilitou levar, pela primeira vez, as telecomunicações a lugares afastados do território nacional, assim como aumentar os benefícios para a população em áreas essenciais como a educação e a saúde.