Havana, 17 de outubro (RHC).- Cuba pediu à ONU uma investigação rigorosa e urgente sobre o evento anticubano realizado ontem na sede do organismo internacional, em Nova Iorque.
Nota da Chancelaria denuncia que os EUA organizaram a atividade para atacar Cuba em matéria de direitos humanos, e pede à entidade adotar as medidas pertinentes e prever novos atos agressivos contra Estados soberanos.
O texto aponta que o que ocorreu lá foi uma farsa, uma provocação da qual participaram o secretário-geral da OEA – Organização de Estados Americanos, Luis Almagro, e um ex-chefe do Escritório de Interesses dos EUA em Havana, ligados a elementos apátridas financiados pelo Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho do Departamento norte-americano de Estado.
A chancelaria cubana ressaltou que representantes de 11 países rechaçaram explicitamente o ato de difamação na sede da ONU e sublinhou o apoio dado pelos diplomatas da Bolívia, Venezuela e Nicarágua. Indicou que o governo norte-americano violou as regras para o uso das salas e espaços na sede do organismo internacional e chama a atenção para o fato de ter ocorrido duas semanas antes da votação na Assembleia Geral de uma nova resolução que pede o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba desde o começo dos anos 60.
Referindo-se ao incidente, o presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou a postura de Washington. “Se os EUA quiserem falar em direitos humanos, primeiro deverão suspender o bloqueio criminoso imposto a Cuba por mais de 50 anos”, postou Morales em sua conta no Twitter.