Por: Susana del Calvo
Em 2018, a colaboração médica cubana completou 55 anos de existência, como resultado da obra revolucionária de Fidel Castro. É mundialmente reconhecida, a OMS destaca o profissionalismo, o elevado nível científico e o humanismo que caracteriza os profissionais da saúde cubanos.
Desde então cumpriram mais de 600 mil missões em 164 países conseguindo salvar milhões de vidas devido à sua entrega à profissão e elevada preparação. Os médicos cubanos são exemplos para o mundo em sua luta ininterrupta contra a morte.
Nos últimos cinco anos, mais de 20 mil colaboradores participaram do Programa “Mais Médicos”, uma iniciativa do Partido dos Trabalhadores do Brasil uma parceria entre a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Cuba com o objetivo de melhorar a cobertura sanitária nas zonas mais pobres daquele país.
Os especialistas cubanos ofereceram mais de 100 milhões de consultas e trabalharam em lugares inóspitos. Com a chegada do pessoal médico cubano, os moradores de uns 700 municípios brasileiros viram um médico pela primeira vez.
Ao modificarem positivamente os indicadores de saúde no Brasil, esses médicos mostraram que é viável propulsar a cooperação internacional sul-sul com o apoio da OPAS. A missão, de grande beneficio para todos, finalizou ante as inadmissíveis declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro, que colocou em dúvida a capacidade e a qualidade da medicina cubana. Por tal motivo se decide terminar a missão e organizar a volta dos profissionais da saúde cubanos à Ilha, que os contempla com o orgulho do dever cumprido.
Em encontro com os médicos, o presidente cubano Miguel Diaz Canel afirma: Em Cuba se formam os profissionais da vida com uma atitude contrária a cálculos mercantilistas. O altruísmo, a generosidade, a disposição de salvar vidas sem pensar no custo é um princípio fundamental na formação profissional. Mais do que médicos, são heróis e heroínas, escreveram muitos, dignidade foi uma das palavras mais utilizadas. Voltam como compatriotas transformados em Mais do que Médicos, porque foram aonde ninguém foi para curar doenças e para animar a alma dos mais necessitados, provaram que um mundo melhor é possível, em homenagem a Fidel Castro.
O ano 2018 foi um verdadeiro desafio para as autoridades sanitárias cubanas, porquanto o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra o país continua prejudicando de maneira genocida este setor, especialmente os medicamentos.
Porém, apesar das múltiplas dificuldades, todos tiveram acesso aos medicamentos básicos, e se resolveram muitos problemas de saúde da população, que continua recebendo grátis os serviços médicos, um direito humano essencial proclamado pela Revolução Cubana.
Em 2018, a mortalidade infantil foi a mais baixa na história de Cuba: 3,8 para cada mil crianças nascidas vivas. Por sua vez, a população continua envelhecendo ao aumentar a expectativa de vida, por isso a geriatria já faz parte do Atendimento Primário da Saúde para oferecer esses serviços especializados a toda nação.
A luta contra o mosquito Aedes Aegypti – agente transmissor de doenças como a dengue, zika, febre amarela e chikungunya – permitiu diminuir os níveis de infestação. A vigilância epidemiológica nacional e para os viajantes foi ressaltada pela OPAS ao ser incorporada à comunidade.
As transformações no setor da saúde continuam mediante o aproveitamento dos recursos, a superação do pessoal e a reabilitação de postos médicos, policlínicas e hospitais, ao todo uns 1000 estabelecimentos.
A despeito da política anti-cubana do atual governo em Washington, continua o intercâmbio científico com os Estados Unidos mediante projetos de pesquisa em diferentes temáticas de interesse bilateral e internacional, como a Convenção Internacional da Saúde e o Simpósio de Morte Encefálica.
A Escola Latino-Americana de Medicina, inaugurada pelo líder histórico da Revolução Cubana Fidel Castro, em 1999, matriculou mais de 200 estudantes norte-americanos, e formou perto de 30 mil médicos de mais de 100 países, reconhecidos em seus lugares de origem como excelentes profissionais, alguns deles com elevadas responsabilidades nos ministérios de seus países.
O ministro cubano da Saúde Pública Dr. José Angel Portal Miranda, ao comentar os feitos de 2018 e as perspectivas de 2019, afirmou:
“Foi um ano muito forte, de muitos compromissos, mas o principal compromisso é com o nosso povo, um ano de muito esforço e vamos multiplicar esse esforço em 2019 para continuar melhorando os indicadores de saúde da população cubana, e satisfazer a qualidade dos serviços que prestamos. Colocamos todo nosso empenho para que 2019 seja melhor do que 2018, que, por sua vez, foi superior ao ano 2017.