1. EUA perseguem caravanas de imigrantes
Milhares de imigrantes rumaram a pé ao México, especialmente hondurenhos, com o propósito de entrarem nos EUA em busca de emprego e sustento fugindo da pobreza e da violência.
Em extenuantes caminhadas e difíceis condições , homens, mulheres, crianças e idosos enfrentaram o endurecimento da política migratória do presidente norte-americano Donald Trump que mandou o exército a vigiar a fronteira com o México.
Poucos caminhantes conseguiram atravessar às escondidas e outros permanecem à espera de respostas ao pedido de asilo.
Centenas de membros das caravanas optaram por aceitar ofertas de trabalho no México e milhares aceitaram voltar para casa.
2. Brasil faz de Lula preso político e elege um extremista como presidente
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Sul liderou as pesquisas sobre intenção de voto nas eleições presidenciais de outubro, mas a elite política e empresarial, com a aquiescência dos militares, afastou-o da contenda.
Durante um longo processo judicial repleto de subterfúgios, o juiz Sérgio Moro conseguiu colocar Lula atrás das grades alegando supostos cargos de corrupção, mas sem poder mostrar provas conclusivas.
Lula, considerado um preso político, ao não poder concorrer às eleições por estar na cadeia, deixou o caminho livre para a extrema direita.
Após uma campanha eleitoral baseada em notícias falsas, na manipulação das redes sociais e perseguição ao opositor Partido dos Trabalhadores, o ultradireitista Jair Bolsonaro ganhou no segundo turno, em 28 de outubro.
3.- Nicarágua mergulha na violência
A violência na Nicarágua propulsada por grupos de direita, empresariais e delinquentes prejudicou a economia. Os enfrentamentos entre a polícia e grupos opositores e gangues provocaram ao todo mais de 200 mortos.
As ações desestabilizadoras começaram em 18 de abril tendo como estopim a proposta governamental de reforma da previdência social, e continuaram apesar de o presidente Daniel Ortega ter desistido do projeto. O governo disse que tinha enfrentado uma tentativa de golpe de Estado encoberto e agora os responsáveis pela violência estão sendo processados nos tribunais.
4. Novo capítulo se abre na vida do México
Houve virada na política do México ao vencer as eleições de primeiro de julho passado o combatente de esquerda Andrés Manuel López Obrador, em sua terceira tentativa para chegar à presidência.
O político, 65 anos, assumiu em 1o de dezembro o cargo com o compromisso de mudar um país mergulhado numa violenta guerra contra o tráfico de drogas e o crime organizado, a corrupção, e onde 4 de 10 pessoas vivem na pobreza.
5. Reunião de cúpula história entre Coreia do Norte e EUA
Os presidentes da Coreia do Norte Kim Jong Un, e dos Estados Unidos, Donald Trump, se reuniram na Cingapura em 12 de junho. O encontro parecia impossível alguns meses atrás devido ao elevado nível de confronto entre as duas nações.
Não houve resultados concretos, mas Washington adiantou sua disposição de suspender os exercícios militares com a Coreia do Sul e garantir a segurança da Coreia do Norte.
Pyongyang insistiu na necessidade da desnuclearização da península. O presidente norte-coreano informou da destruição de um importante lugar de testes nucleares, mas não lhe garantiram o fim das sanções internacionais.
Em abril, o líder Kim Jong Un se reuniu com seu colega sul-coreano Moon Jae-in e abriram-se as portas para o intercâmbio.
6. China e EUA em guerra comercial
Estados Unidos e China decidiram estabelecer uma trégua em sua guerra comercial iniciada em meados de 2018, mas não conseguiram neutralizar o perigo de aumento do confronto entre as duas nações.
Os presidentes da China, Xio Jimping, e dos Estados Unidos, Donald Trump, acertaram na cúpula do G-20, realizada na Argentina, um período de 90 para novas negociações.
Em junho, Trump aplicou impostos a produtos chineses no montante de 53 bilhões de dólares e depois adicionou 200 bilhões, uma decisão que entraria em vigor em janeiro de 2019.
China replicou em julho com impostos sobre produtos norte-americanos no valor de 34 bilhões de dólares a repetiu ao dose em agosto e setembro.
7. A corrupção derruba governos na Espanha e no Peru
O véu da corrupção tornou-se mais denso na Espanha e no Peru e provocou o afastamento do presidente do governo Mariano Rajoy e do chefe de Estado peruano Pedro Pablo Kuczynski.
A queda do governo espanhol ocorreu em primeiro de junho, ao prosperar no Congresso uma moção de censura contra o chefe do governo Mariano Rajoy. O político conservador foi afastado graças a um badalado caso de corrupção em que esteve envolvido o Partido Popular.
O socialista Pedro Sánchez foi eleito presidente do governo.
No Peru, se viu obrigado a renunciar em março o presidente Pedro Pablo Kuczynski, encurralado por acusações de corrupção. Os três anos de mandato seguintes correrão por conta de Martin Vizcarra, que se enfrenta a novos casos de corrupção no Congresso e no setor judicial.
8. Catástrofes naturais e a violência abalam o mundo
Um forte terremoto e um tsunami arrasaram a ilha indonésia de Célebes em 28 de setembro deixando mais de 2000 mortos.
A erupção do vulcão do Fogo, na Guatemala, em três de junho, fez mais de cem vítimas e piorou a pobreza reinante no país.
As consequências dos tufões, chuvas intensas, ondas de calor e um terremoto que atingiram o Japão, em 2018, tiveram um custo superior a 10 bilhões de dólares.
Já um atentado à bomba no Afeganistão provocou perto de 100 mortos, atribuído pelo governo a aliados dos talibãs, que não querem a presença dos EUA e da OTAN no país.
Em 13 de abril, o presidente equatoriano Lenin Moreno confirmou o assassinato dos três membros de um grupo de jornalistas sequestrado na fronteira com a Colômbia.
O norte-americano César Sayoc foi indiciado por enviar 15 pacotes com explosivos – que não estouraram – a políticos democratas e outras pessoas não afins ao presidente Donald Trump.
Robert Bowers foi assinalado como autor da morte de 11 pessoas em 27 de outubro na sinagoga de um bairro judeu na cidade norte-americana de Pittsburg.
9. Tréguas incertas em Gaza, Israel e Iêmen
A cessação das hostilidades em Gaza e Iêmen concitou expectativas. Desde 30 de março, a Faixa de Gaza é teatro de protestos conhecidos pelo nome de grande marcha do retorno, naturalmente atacados por Israel. A repressão deixou até agora mais de 220 palestinos mortos e 24 mil feridos.
A abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém, em maio, potenciou a raiva dos palestinos, decididos a denunciar 11 anos de bloqueio e a expulsão de suas casas.
Com a intermediação do Egito, uma frágil e incerta trégua entrou em vigor, na fronteira entre Gaza e Israel, em novembro.
Forças do movimento insurgente dos hutis que são xiitas e o governo do Iêmen apoiado pela Arábia Saudita pactuaram uma trégua e negociações posteriores após as conversações mantidas na Suécia.
O Iêmen vive um drama humanitário em decorrência do conflito: 20 milhões de pessoas precisam de socorro.
10. Síria consegue expulsar os terroristas de 90 por cento de seu território
O chamado Estado Islâmico sofreu inúmeras derrotas no campo de batalha sírio e, embora permaneça da província de Idlib, seus dias estão contados ante o avanço do exército do presidente Bashar Al Assad, apoiado pela Rússia.
Após enganar o mundo dizendo que o Estado Islâmico tinha recuado graças aos Estados Unidos, o presidente Donald Trump anunciou em dezembro a saída de dois mil militares estacionados na Síria, cuja presença, aliás, nunca foi aprovada pelo governo constitucional de Bashar Al Assad.
Rússia, Irán e Turquia assinaram em Ancara, em abril, uma declaração conjunta com a promessa de propulsar um processo de paz na Síria.
Naquele mês, aviões de três países ocidentais bombardearam o que EUA chamaram de centro de pesquisa de armamentos, em Damasco, e o governo sírio elogiou a resposta de seus sistemas defensivos.