Havana, 17 de janeiro (RHC).- O ministério cubano das Relações Exteriores rejeitou a nova ameaça dos EUA, cujas autoridades deixaram aberta a possibilidade de aplicar o artigo três da chamada Lei Helms-Burton, que estabelece sanções a governos, empresários e homens de negócios de terceiros países no marco do bloqueio a Cuba.
Ontem, anunciou-se que esse item ficaria em suspenso apenas 45 dias para examinar se coincide ou não com os interesses norte-americanos. A declaração da chancelaria cubana adverte que dar esse passo significaria reforçar de maneira perigosa o cerco a esta Ilha, além de violar abertamente o direito internacional e atacar a soberania e os interesses de outros países.
O texto indica que Cuba considera que essa eventual decisão constitui um ato hostil de extrema arrogância e irresponsabilidade, e se reserva o direito de responder oportunamente a essa nova agressão. Caso for aplicado o artigo três da Helms-Burton, a população cubana veria como seriam apresentados nos tribunais dos EUA recursos em torno da propriedade sobre seus imóveis, seus centros de trabalho, a escola onde estudam seus filhos ou a policlínica onde recebem atenção médica.
A Chancelaria recorda que desde 1996, todos os presidentes norte-americanos – inclusive o próprio Donald Trump em 2017 e 2018 – têm usado suas faculdades executivas para suspender a cada seis meses o item três da Helms-Burton por considerar que contraria as leis internacionais e viola a soberania de outras nações.