Havana, 23 de janeiro (RHC).- Personalidades e políticos colombianos reconheceram a postura de Cuba de respeitar o protocolo do diálogo de paz entre o governo desse país e a guerrilha do ELN – Exército de Libertação Nacional.

Depois do atentado a bomba reivindicado pelos insurgentes contra a academia da polícia em Bogotá, o presidente Ivan Duque pediu às autoridades cubanas entregar os membros da delegação do ELN que participa das conversações com sede em Havana. Porém, o procedimento aprovado para caso de rompimento dos contatos estabelece que o governo colombiano deve dar um prazo para que o grupo volte a esse país e possa se reincorporar aos acampamentos sem ser detido, processo no qual seria envolvida a Cruz Vermelha Internacional.

Em declarações ao diário “El Espectador”, o diretor do Centro de Pensamento e Acompanhamento do Diálogo, Alejo Vargas, criticou a posição de Duque e advertiu que se o protocolo não for respeitado, nenhum país vai se comprometer a colaborar nas conversações de paz.

Por sua vez, o ex-Comissário de Paz, Frank Pearl, entrevistado na revista “Semana”, apontou que os protocolos são feitos para serem cumpridos, e não para serem submetidos a condicionamentos porque se tornaria impossível sentar-se a negociar com um adversário.