Havana, 26 de setembro (RHC).- Num encontro na sede da ONU em Nova Iorque, o chanceler espanhol, Yosep Borrell, reiterou a seu homólogo cubano, Bruno Rodríguez, o rechaço à ativação do título Três da lei norte-americana Helms-Burton, de marcante teor extraterritorial.
Borrell sublinhou que a medida, que endurece o bloqueio econômico, comercial e financeiro vigente há quase 60 anos, pune e desestimula o comércio e investimentos em Cuba de empresas de terceiros países, e isso prejudica o bem-estar da população.
Nota da Chancelaria espanhola aponta que esse país e a União Europeia rejeitam essas medidas coercitivas unilaterais e trabalham junto a parceiros internacionais na adoção de ações necessárias para enfrentá-las.
Na sede da ONU, o ministro cubano das Relações Exteriores conversou também com o primeiro-ministro da Uganda, Rujakana Ruganda, com o vice-premiê da Irlanda, Simon Coveny, e com o chanceler da Jordânia, Ayman Sadafi.
Ao falar no foro político de alto nível sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, Bruno Rodríguez denunciou que o bloqueio norte-americano é o principal empecilho para que Cuba possa alcançar as metas da chamada Agenda'2030.
Por sua vez, ao intervirem na Assembleia Geral, os presidentes de Burkina Faso e de Angola coincidiram em que o cerco econômico a Cuba imposto por Washington atenta contra os direitos humanos dos cidadãos.
O chanceler da Bolívia, Diego Pary, condenou os ataques dos EUA a Cuba e Venezuela, ambas alvos de políticas unilaterais de bloqueio. “Queremos reiterar nosso rechaço ao bloqueio econômico e financeiro que sofre o povo cubano há muitos anos e constitui um atentado contra seus direitos humanos e também de toda nossa América Latina e Caribe”, sublinhou Pary.