Havana, 28 de abril (RHC).- Neyra Muguercia, diretora geral de FarmaCuba, denunciou que o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA há quase 60 anos dificulta a compra no exterior de matérias primas para a indústria farmacêutica cubana, inclusive na situação atual de pandemia.
Em declarações ao jornal “Trabajadores”, mencionou as ameaças de Washington a companhias de navegação para que não transportem mercadorias a Cuba, sob o risco de sofrerem sanções. Isso demora a chegada dos insumos adquiridos, faz aumentar os custos por frete e influi na disponibilidade de medicamentos no país. “A carência de matérias primas faz que a indústria perca capacidades de produção, que não sempre podem ser recuperadas”, apontou Muguercia.
Também se referiu à perseguição financeira. Disse que Washington pressiona bancos de terceiros países para que não façam transações em que esteja envolvida Cuba, inclusas as destinadas à compra de medicamentos, equipamentos, insumos hospitalares e produtos farmacêuticos. A executiva sublinhou que FarmaCuba tem ligações hoje com mais de 400 provedores estrangeiros, principalmente da Europa.