Havana, 2 de novembro (RHC).- O bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba há quase 60 anos, endurecido notavelmente nos últimos meses, tem efeitos negativos no sistema de saúde cubano.
O projeto de resolução contra essa medida unilateral, a ser apresentado em 2021 na Assembleia Geral da ONU, menciona vários exemplos disso.
Um deles é o da empresa indiana Apex Drug House, provedora do medicamento Carbidopa-levadopa, usado no tratamento do Mal de Parkinson, que comunicou às autoridades cubanas que não poderia transportar mercadorias com destino a Cuba por causa das sanções arvoradas por Washington. Isso obrigou à companhia MediCuba procurar o remédio noutros mercados.
O documento indica que de abril de 2019 a março deste ano o cerco gerou perdas de mais de 160,8 milhões de dólares ao sistema cubano de saúde pública.
Por sua vez, Osvaldo Vento, presidente do INDER – Instituto Cubano dos Esportes, afirmou que o bloqueio norte-americano é real, e explicou que a equipe nacional de vôlei teve de viajar à República Dominicana para fazer os trâmites dos vistos de entrada nos EUA por causa da interrupção dos trabalhos consulares na embaixada em Havana.
Isso significou uma despesa adicional para poder participar do torneio de vôlei masculino da Confederação Norte, Centro-americana e do Caribe, disputado em território estadunidense.
O cerco econômico dificulta a importação de implementos e equipamentos necessários para a prática esportiva em Cuba, ao estabelecer sanções e ameaças contra empresas de terceiros países que fizerem negócios com esta Ilha.