Foto: Estudios Revolución
Por Angélica Paredes López
Havana, 02 de novembro (RHC) Nesta ocasião, o podcast "Da Presidência" convida a esclarecer dúvidas sobre a passagem do furacão pelo leste de Cuba, os danos que causou e o progresso dos esforços de recuperação.
Foram previsíveis o furacão Oscar e seus danos na região leste de Cuba, especialmente nas áreas montanhosas de Guantánamo, onde o impacto foi maior? O que puderam estabelecer os que conhecessem essa província com relação à causa do que aconteceu em San Antonio del Sur? Como foi tratado o boato repudiável e perverso sobre o suposto colapso da represa "Los Asientos", que gerou um estado de pânico em uma população já psicologicamente prejudicada pelo desastre natural? Quais são os desafios nesta fase de recuperação?
Essas e outras perguntas são respondidas durante o décimo segundo episódio de "Da Presidência", que nesta ocasião convida a esclarecer dúvidas sobre a passagem do furacão pelo leste de Cuba, os danos causados e o progresso dos esforços de recuperação.
Este programa, apresentado no Palácio da Revolução pelo Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido e Presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, contou com a presença da Vice-Primeira Ministra Inés María Chapman; do Primeiro Coronel Luis Ángel Macareño, segundo Chefe do Estado-Maior da Defesa Civil, e do jovem meteorologista Elier Pila. Por videoconferência, participou diretamente de Guantánamo, o presidente do Coselho de Defesa Provincial, Yoel Pérez.
Para começar este podcast, o meteorologista Elier Pila recapitulou a história do furacão Oscar, sua formação e evolução. Por que causou tantos danos em áreas predominantemente montanhosas? Quais foram as características desse furacão? Por que, sob seus efeitos, há um comportamento diferente em cada um dos municípios afetados?
"Percorreu aproximadamente 250 km pelo território cubano e o fez em 25 horas, ou seja, a uma velocidade média de apenas 10 km por hora. Isso, se levarmos para um exemplo mais prático, é mais lento do que a velocidade média com que uma pessoa caminha", explicou o especialista.
Oscar é descrito como um fenômeno hidrometeorológico extremo. Isso foi confirmado pelo Primeiro Coronel Luis Ángel Macareño, segundo Chefe da Equipe Nacional de Defesa Civil.
E foi justamente sobre o fenômeno ocorrido em San Antonio del Sur que a vice-primeira-ministra Inés María Chapman falou em profundidade, com base em seu conhecimento profissional e científico sobre o assunto, mas, acima de tudo, em suas experiências no território de Guantánamo, visitando os municípios afetados e conhecendo as histórias de vida das pessoas que viveram a passagem do Oscar. Ela explicou em detalhes o que aconteceu nas primeiras horas daquela manhã em San Antonio.
Da Presidência também contou com a participação do presidente do Conselho de Defesa em Guantánamo, que falou sobre os efeitos nos quatro municípios afetados, a solidariedade e a recuperação.
Enfatizou que, após os momentos trágicos vividos, "um processo de recuperação foi rapidamente solicitado, sem esperar um segundo. Hoje estamos em outro furacão, em termos de recuperação de tudo; e também em um furacão de solidariedade. Guantánamo se tornou a capital da solidariedade e das demonstrações de afeto para com a população atingida".
Nos minutos finais deste espaço de comunicação - que se realiza na Presidência da República - o chefe de Estado cubano, que visitou as áreas impactadas duas vezes desde a passagem do furacão Oscar, resumiu as lições que o evento meteorológico nos ensinou.
"A comunicação não pode ser subestimada", disse. E, mais adiante, comentou que "outras lições serão derivadas do trabalho de reabilitação nos próprios municípios, como proceder na reconstrução de casas onde já ocorreram inundações, como drenar o solo e monitorar as chuvas".
"Sei que essa é uma área semidesértica e que as chuvas são raras, mas não podemos mais nos guiar pelos antigos padrões de comportamento", ressaltou Díaz-Canel. "Temos que rever os programas de Fidel para essa área e ver o que deve continuar sendo feito", insistiu o chefe de Estado.
"Acabamos de voltar de Guantánamo e lemos e vimos muitos materiais que exaltam as virtudes de nosso povo, nossos comandantes militares, os trabalhadores da eletricidade, os construtores, os médicos; e com muito orgulho digo isso: de nossos quadros do partido e do governo à frente do trabalho de reconstrução. O furacão de trabalho e solidariedade é impressionante", comentou o presidente cubano.
Díaz-Canel enfatizou que "quando terminarmos a parte mais difícil, retomaremos o assunto no podcast".
E concluiu: "Até lá, em Guantánamo, com nossa Revolução, com nosso socialismo, com o espírito de solidariedade deste povo e o desejo de levar adiante o país onde nascemos e crescemos, ninguém será abandonado".
Este novo episódio do podcast "Da Presidência" confirma, como disse seu apresentador, que outubro de 2024 certamente ficará em nossa memória como um mês cheio de desafios e ansiedades. Especialmente quando duas contingências convergiram no tempo: a emergência energética e o impacto do ciclone.
Houve momentos dramáticos, mas também dias intensos de recuperação, em um povo que supera dificuldades todos os dias.