Havana, 6 de outubro (RHC).- Os 36 juízes que participaram do torneio de boxe dos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto passado, foram suspensos provisoriamente pela Associação Internacional desse esporte, AIBA.
A medida estará vigente até concluir uma investigação sobre possível manipulação nas votações em algumas das lutas, entre elas as que já foram denunciadas por pugilistas prejudicados. Na época, o irlandês Michael Colan – campeão mundial do peso galo – chamou a entidade de “trapaceira” após sua derrota para o russo Vladimir Nikitin.
O comunicado da AIBA aponta que os 36 juízes não poderão participar de nenhum torneio ou evento ligado à entidade até terminar a análise da situação, e admite que é preciso estudar mais reformas no sistema de pontuação. Durante os Jogos do Rio foram expulsos vários juízes do boxe envolvidos em decisões polêmicas.
Por sua vez, o presidente da Federação Internacional de Ginástica, Bruno Grandi, anunciou que está sendo avaliado o uso de imagens de televisão 3D para outorgar os pontos nas competições oficiais. “Daqui a pouco, os juízes não serão homens ou mulheres”, disse Grandi ao revelar a proposta de um sistema de televisão tridimensional associado aos códigos de pontuação.
“Já não teremos problemas de avaliações pessoais”, indicou. Disse que nas últimas décadas a ginástica artística mergulhou numa verdadeira batalha com os juízes. Também criticou a elevação do grau de dificuldade das apresentações. “A ginástica tem de se manter artística, e não acrobática”, afirmou. “Estou propondo reduzir à metade o critério de dificuldade. Temos de convencer os atletas para garantir sua segurança física”, explicou o presidente da Federação Internacional.