Havana, 9 de dezembro (RHC).- A Rússia pediu ao investigador Richard McLaren provas concretas que sustentem suas novas acusações de dopagem sistemática nesse país. “Sempre é muito fácil meter no mesmo saco culpados e inocentes”, afirmou a ex-saltadora com vara Yelena Isinbayeva, que acaba de ser designada chefe do Conselho de Vigilância da RUSADA, agência russa antidoping.
Isinbayeva, que bateu várias vezes o recorde mundial, foi uma das prejudicadas pela suspensão coletiva do atletismo russo na Olimpíada do Rio. Na época, defendeu a participação dos atletas “limpos”.
O novo relatório McLaren garante que mais de 1.000 esportistas russos estiveram envolvidos ou foram beneficiados num sistema de dopagem organizada e manipulação dos testes analisados nos laboratórios locais. As acusações abrangem o período de 2011 a 2015.
O britânico Craig Reedie, presidente da Agência Mundial Antidoping, anunciou que em janeiro será aplicado um programa de delação premiada para facilitar as investigações. Disse que os nomes e dados dos atletas suspeitos serão entregues às federações internacionais correspondentes para iniciar o processo e determinar quais serão alvo de punições.
Por sua vez, o Tribunal de Arbitragem Esportiva confirmou a retirada das medalhas olímpicas do pugilista russo Misha Alojan e do halterofilista romeno Gabriel Sincraian, conquistadas nos Jogos do Rio. Eles deram positivo no antidoping em agosto passado. Alojan ganhara medalha de prata e Sincraian bronze.