Havana, 22 de fevereiro (RHC).- A Nicarágua rechaçou os intentos de excluir a Venezuela da próxima Cúpula das Américas, a ser realizada em meados de abril em Lima, capital do Peru.

O presidente Daniel Ortega falou que isso violaria os princípios da Carta da ONU e atentaria contra a soberania dos povos latino-americanos. “Tem gente que quer nos ver divididos”, afirmou Ortega, e condenou as agressões promovidas por potências estrangeiras e alguns governos da região contra a Venezuela e Cuba.

Destacou a importância da integração da América Latina e o Caribe em favor do desenvolvimento acima das diferenças ideológicas, e lembrou a criação da CELAC – Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos. O presidente da Nicarágua chamou a fazer prevalecer a força dessa organização e a unidade dos povos.

Em Caracas, o chefe de Estado venezuelano, Nicolás Maduro, propôs fazer em 22 de abril eleições legislativas coincidindo com as presidenciais. Falando numa reunião do partido Pátria para Todos, Maduro chamou a renovar os órgãos estaduais, municipais e nacional do poder legislativo, e criticou a postura assumida por parte da oposição que decidiu não apresentar candidatos à Presidência. Disse que a única via para avançar rumo ao desenvolvimento do país é a opção democrática através do voto popular.

Por sua vez, o Procurador Geral da Venezuela, Tarek William, informou que nos últimos cinco meses foram detidas 100 pessoas ligadas à rede de corrupção no seio da PDVSA, estatal petroleira. Entre os 76 funcionários da companhia presos sob investigação estão 21 gerentes do alto escalão. Também, dois ex-ministros do setor.

William informou que o Ministério Público empreenderá ações para recuperar o patrimônio desviado nessas operações criminosas.