Havana, 13 de fevereiro (RHC).- A China desmentou o boato divulgado pelo diário norte-americano “The Wall Street Jornal” em torno de supostos contatos com o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
A porta-voz da Chancelaria, Hua Chunying, referiu-se à fake news sobre presumíveis conversações de diplomata chineses em Washington com emissários de Guaidó para tratar de projetos petroleiros e da dívida de 20 bilhões de dólares da Venezuela. Disse que esse tipo de ação na mídia norte-americana mostra falta de profissionalismo e de ética, e criticou a imprensa ocidental que mergulhou numa corrida de notícias falsas.
Quanto à situação na Venezuela, a porta-voz da Chancelaria chinesa reiterou que esse país é a favor do diálogo entre o governo e a oposição.
Por sua vez, a representante permanente de Cuba na ONU, Anayansi Rodríguez, denunciou a ameaça que representam os EUA para os povos da América Latina e o Caribe. Numa reunião do Movimento dos Países Não Alinhados, a diplomata lembrou que o governo do atual presidente Donald Trump proclamou a vigência da chamada Doutrina Monroe, exerce pressões sobre a comunidade internacional e busca derrubar as autoridades venezuelanas eleitas democraticamente pelos cidadãos dessa nação.
Na Bolívia, o chanceler Diego Pary exigiu dos EUA eliminar o bloqueio econômico imposto à Venezuela para que o povo possa ter acesso a mais recursos, alimentos e remédios sem precisar da parca ajuda humanitária oferecida por Washington. Na Colômbia, legisladores da oposição, personalidades e organizações sociais pediram ao presidente Ivan Duque não se envolver num eventual ataque militar norte-americano contra o país vizinho.
No Chile, renomados artistas e intelectuais rejeitaram a ingerência estrangeira nos assuntos internos da Venezuela e pediram ao governo apoiar a iniciativa de diálogo promovida pelo México e Uruguai. Na Rússia, o vice-chanceler Serguei Riabkov garantiu que resoluções parcializadas ou inamistosas contra a nação sul-americana não serão aprovadas no Conselho de Segurança da ONU.
Por sua vez, o jornalista e cientista político brasileiro José Reinaldo Carvalho, diretor do Centro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz, advertiu que se o presidente dos EUA, Donald Trump, decidir invadir a Venezuela terá seu Vietnã latino-americano. Disse que a ofensiva de Washington é multidimensional e abrange a guerra econômica e midiática, o golpe de Estado e o isolamento diplomático.