Havana, 18 de fevereiro (RHC).- Na Rússia, o chanceler Serguei Lavrov exigiu o fim das ameaças de vários governos contra o governo venezuelano. Lavrov declarou aos jornalistas que é preciso respeitar o direito internacional e promover um diálogo franco entre as partes envolvidas no problema para que o povo possa resolver suas divergências em paz.
O ministro russo das Relações Exteriores indicou que vários governos querem resolver a crise na Venezuela impondo regras que tentam obrigar o presidente Nicolás Maduro a convocar eleições antecipadas. Em maio passado ele foi eleito para um novo mandato, iniciado em 10 de janeiro deste ano.
Lavrov denunciou que a autoproclamação de Juan Guaidó como chefe de Estado Encarregado foi resultado de uma ordem dada fora do país, em violação aberta dos estatutos da ONU. Guaidó é deputado da Assembleia Nacional, que se mantém suspensa por desacato.
Ontem, uma delegação de funcionários dos EUA visitou a cidade colombiana de Cúcuta, fronteiriça com a Venezuela, onde montou-se um show midiático em torno da chamada ajuda humanitária. No grupo estavam o senador Marco Rubio, o congressista Mario Díaz-Balart e o embaixador norte-americano na OEA – Organização de Estados Americanos, Carlos Trujillo.
Falando numa ponte que comunica os dois países, Rubio fez uma videochamada para falar com Guaidó e reiterar-lhe o apoio dos EUA.
Em Lima, capital do Peru, os participantes do Encontro Nacional dos Povos externaram sua solidariedade à Venezuela. Participaram mais de 700 representantes de organizações sociais. O peruano Valentín Pacho, vice-presidente da Federação Sindical Mundial, afirmou que cada país tem o direito de resolver seus problemas de maneira soberana.