Havana, 22 de fevereiro (RHC).- As autoridades venezuelanas dobraram a vigilância e o esquema de segurança nas fronteiras ante o aumento das ameaças e provocações, e o intento da oposição de fazer entrar à força no país uma presumível ajuda humanitária a partir da Colômbia, Brasil e Curaçao.
O presidente Nicolás Maduro anunciou ontem o fechamento da divisa com o território brasileiro. Numa videoconferência desde o Estado Maior da Força Armada Nacional Bolivariana, revelou que tomou a medida depois de o governo brasileiro ter declarado seu apoio aos planos opositores.
Maduro denunciou o apoio do governo dos EUA e do presidente da Colômbia às ações de pressão e violência, e disse que essas ameaças constituem instrumentos de guerra psicológica.
Na Rússia, a Duma Estatal voltou a rejeitar os planos de agressão militar dos EUA contra a Venezuela, e reiterou o apoio ao governo legítimo do presidente Nicolás Maduro. O presidente do órgão legislativo, Viacheslav Volodin, destacou que até o Partido Liberal-Democrata, oposto à ideias de esquerda, expressou seu apoio aberto ao pronunciamento do deputado Dimitri Novikov, vice-presidente do Partido Comunista da Federação Russa.
Volodin apontou que a Duma Estatal considera que Maduro é um presidente eleito legitimamente pelo povo.
Em Bogotá, o semanário “Voz da Colômbia”, do Partido Comunista desse país, denunciou que por trás a chamada ajuda humanitária se esconde o veneno da provocação, e assinalou que o movimento de porta-aviões e outras embarcações, e o uso de bases militares de onde parte a suposta ajuda, são sinais de que poderia haver uma intervenção sob qualquer argumento.
No Peru, Alberto Adrianzen, especialista em relações internacionais, advertiu que os EUA pretendem impor à América Latina o fim de sua história, e se referiu às ameaças do presidente norte-americano, Donald Trump, contra Cuba, Nicarágua e Venezuela, onde hoje está em disputa o futuro da esquerda e do socialismo na região.