Havana, 6 de maio (RHC).- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, reiterou o interesse do governo em retomar o diálogo com a oposição para tentar resolver os problemas internos que afetam o país.

Em coletiva de imprensa conjunta em Moscou com seu homólogo russo, Serguei Lavrov, Arreaza exortou a oposição de direita a debater pacificamente em torno da situação atual e abandonar a violência. E disse que a comunidade internacional deveria incentivar esse diálogo.

Ontem, o chanceler espanhol Josep Borrell reiterou que o opositor venezuelano Leopoldo López não pode pedir asilo político na embaixada do país europeu em Caracas, onde se mantém desde primeiro de maio no status de hóspede. Borrel explicou aos jornalistas, em Madri, que segundo as leis espanholas o asilo só pode ser solicitado quando a pessoa se encontra em território espanhol.

O ministro apontou que a situação atual de López é de pessoa acolhida e protegida na sede diplomática, portante, terá de cumprir uma série de regras de comportamento. A embaixada não pode se tornar centro de outras atividades, indicou.

Nesse contexto, Susan Rice, ex-assessora de Segurança Nacional dos EUA, publicou matéria no jornal norte-americano “The New York Times” na qual aponta que a política exterior do governo do presidente Donald Trump a respeito de Cuba e da América Latina não está baseada em estratégias coerentes nem dará os resultado que ele almeja.

A ex-embaixadora na ONU afirmou que o foco de Trump nessa área parece ser impulsivo, incipiente e de improviso. Quanto a Cuba, disse que o mandatário retomou a Guerra Fria impondo fortes sanções que, ao invés de beneficiar, vão isolar mais ainda o povo cubano e castigar os aliados europeus e o Canadá. A ex-assessora de Segurança Nacional criticou as ações contra a Venezuela.