Havana, 9 de maio (RHC).- O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, exigiu do governo norte-americano proteção a sua embaixada em Washington, e mencionou a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas e o respeito ao status de imunidade dos funcionários.

No Twitter, Arreaza indicou que o prédio da embaixada é alvo de agressões de grupos de direita que impedem a passagem de alimentos e insumos básicos aos ativistas que defendem a instalação, e reiterou as denúncias em torno dos planos dos EUA para executar um golpe de Estado contra o governo do presidente Nicolás Maduro.

O chanceler venezuelano rejeitou as ameaças do vice-presidente norte-americano, Mike Pence, contra os magistrados do Tribunal Supremo de Justiça que anunciaram a decisão de processar três deputados opositores envolvidos na intentona golpista de 30 de abril passado.

Por sua vez, a Força Armada Nacional Bolivariana rechaçou as declarações do chefe do Comando Sul dos EUA, almirante Craig Stephen em torno de que essa instituição deve decidir se representa o povo ou a um ditador, referindo-se à lealdade dos militares venezuelanos ao presidente constitucional Nicolás Maduro.

A Rússia reiterou o chamamento ao diálogo no país sul-americano. Exortou a respeitar a Carta da ONU e condenou o eventual uso da força. Maria Zajarova, porta-voz da Chancelaria, disse que as autoridades russas promovem uma agenda construtiva em torno da Venezuela, e sublinhou que é preciso adotar estritamente os princípios do direito internacional, entre eles o respeito à soberania e à integridade territorial.