Havana, 9 de novembro (RHC).- A soltura do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, ontem, teve impacto internacional. O ex-mandatário foi colocado em liberdade em função de um ditame do STF – Supremo Tribunal Federal que suspendeu a prisão automática dos réus após condenação em segunda instância.
Agora, Lula poderá esperar fora do cárcere o resultado dos processos judiciais aos quais foi submetido até esgotar o último recurso nas instâncias superiores.
No Twitter, o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que comove ver a fortaleza de Lula para enfrentar a perseguição, e isso mostra sua firmeza e imensidade como pessoa. Por sua vez, sua vice, Cristina Fernández, apontou que chegou ao fim uma das maiores aberrações da guerra jurídica na América Latina: a privação ilegítima da liberdade do ex-mandatário.
Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro celebrou o acontecimento e disse que marcará a reconstrução dos alicerces da união, a diversidade, o respeito e a colaboração na América Latina e Caribe.
Gabriela Rivadeneira, da bancada da Revolução Cidadã no parlamento equatoriano, indicou que a soltura de Lula é o começo de um processo de reivindicação dos presos e perseguidos políticos da região. Gerardo Núñez, deputado da Frente Ampla do Uruguai, declarou que a liberdade de Lula se transformou em luta de milhões de pessoas, na qual se engajaram os mais pobres do continente.