Santiago do Chile, 27 novembro (RHC).- O governo chileno enfrente a 6ª semana de protestos e sua receita é endurecer a militarização do país sem levar em conta as preocupações das ONGs pró direitos humanos e os pedidos de renúncia ao cargo por ter ordenado a brutal repressão praticada pelos carabineiros.
Gases lacrimogêneos, balas de borracha, jatos d’água e espancamentos contra os manifestantes são o pão nosso de cada dia no Chile. Desde 18 de outubro passado, quando começou a explosão social contra a desigualdade e o sistema econômico, a raiva dos chilenos não se apaga, afirma Hispan TV.
O presidente Sebastián Piñera, que desistiu de ir à reunião de Cúpula sobre a mudança climática na Espanha, insiste em sua política de mão de ferro. Na terça-feira, em meio a enormes manifestações e greve geral, o presidente assinou e mandou ao Congresso um projeto de lei que permite mandar mais soldados às ruas.
Até agora, a pior crise em 30 anos deixou 23 mortos, milhares de feridos e 16 mil pessoas detidas.