Havana, 9 de junho (RHC).- A OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte aderiu à política antichinesa dos EUA. O secretário-geral do bloco militar, Jens Stoltenberg, afirmou que a nação asiática se tornou um desafio com o qual se deve lidar nos próximos anos.
“A OTAN não vê a China como o novo inimigo ou adversário, mas sim vemos que o auge da China está modificando o equilíbrio global de poder”, apontou.
Stoltenberg falou numa videoconferência sobre o futuro da OTAN. Disse que a entidade deverá fortalecer sua relação com países do Pacífico, como a Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul para assumir um “enfoque mais global”, e sublinhou que a China é um rival importante e potente na corrida pela supremacia econômica e tecnológica em nível mundial.
O governo da nação asiática tem denunciado o caráter hostil e belicista da postura dos EUA e seus aliados, que contribui a desestabilizar a segurança global.
Por sua vez, o ex-embaixador norte-americano na União Europeia, Anthony Gardner, comparou o presidente Donald Trump com o ditador fascista italiano Benito Mussolini, aliado do governo nazista alemão na época da Segunda Guerra Mundial. “Há anos estou preocupado com muitas coisas que unem Trump a Mussolini, cujas ações fizeram que meus avós fugissem da Itália em 1938”, declarou em entrevista concedida ao jornal “Politic”.
Gardner referiu-se às recentes manifestações contra o racismo e à brutalidade policial nos EUA. “É muito decepcionante e desalentador ter um presidente que fomenta e incita abertamente às divisões raciais”, indicou.