Havana, 10 de junho (RHC).- O ex-presidente Evo Morales denunciou que os embaixadores do Brasil e da União Europeia na Bolívia participaram do golpe de Estado de novembro do ano passado, que levou a sua renúncia ao cargo.
Morales explicou ao jornal argentino “Página 12” que, segundo informação disponível, logo após ter sido derrubado ambos os diplomatas se reuniram com o direitista Waldo Albarracín, o candidato presidencial opositor Carlos Mesa, o dirigente de direita Fernando Camacho, o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga e membros da Igreja Católica, para escolher Jeanine Áñez como ocupante do cargo.
Suas afirmações coincidem com uma lista publicada no mesmo diário com detalhes de 25 voos do avião presidencial boliviano ao Brasil depois da derrubada de Evo Morales. O ex-presidente acredita que a ponte aérea foi criada para o envio de dinheiro aos integrantes das Forças Armadas e da polícia da Bolívia que participaram da repressão aos manifestantes que pediam respeito à ordem constitucional.