Havana, 11 de junho (RHC).- Os países membros da ALBA – Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América chamaram à unidade para enfrentar a Covid-19 e suas consequências na região, considerada hoje epicentro da pandemia.
Na cúpula online do bloco de integração, realizada ontem, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou os efeitos econômicos da situação de isolamento global decorrente da crise sanitária.
Por sua vez, Ralph Gonçalves, primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, chamou a ampliar os laços de solidariedade e debater a maneira de trabalhar juntos para reverter a situação atual. Disse que respalda a iniciativa de indicar ao prêmio Nobel da Paz as brigadas médicas cubanas enviadas a mais de 25 países para colaborar na luta contra o novo coronavírus.
O premiê de Antigua e Barbuda, Gaston Browe, disse que os riscos pela pandemia são semelhantes nas nações membros da ALBA, e exortou a fortalecer a CELAC – Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos para reduzir as vulnerabilidades e fortalecer as economias nacionais.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, falou na cúpula virtual como convidado especial. Sublinhou que a saúde não pode ser considerada uma mercadoria, porque a vida é um direito de todo ser humano. Para isso, é preciso garantir a assistência sanitária a toda a população, apontou.
Por sua vez, Alicia Bárcena, secretária-executiva da CEPAL – Comissão Econômica para América Latina e Caribe, destacou a importância da integração regional e dos mecanismos multilaterais para enfrentar a Covid-19 em meio aos prognósticos de recessão, provavelmente a pior da história nesta área geográfica.
A ALBA é integrada por Cuba, Venezuela, Nicarágua, Antigua e Barbuda, Dominica, Granada, São Cristóvão e Nevis, e São Vicente e Granadinas.